Salgueiro – Recebido por dezenas de lideranças políticas e representantes de entidades da sociedade civil na visita que fez a dez municípios do Sertão neste final de semana, o senador Armando Monteiro (PTB) foi enfático ao defender e justificar o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no próximo ano. Armando disse que continua onde sempre esteve, integrando ao projeto que vem promovendo grandes transformações em Pernambuco e no Brasil.
Na opinião dele, “não há uma única obra, uma grande obra em Pernambuco que não tenha a marca do governo federal”. E para que o Estado continue crescendo e possa concluir os investimentos que estão sendo realizados será preciso “necessariamente manter e ampliar parcerias com o governo federal”. Entre sexta-feira (22) à tarde e este domingo (24), Armando esteve em Petrolina, Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Salgueiro, Custódia e Arcoverde, onde reuniu-se com mais de 150 lideranças políticas e de entidades da sociedade civil.
Em entrevistas para blogueiros e radialistas da região, Armando Monteiro explicou que sua posição em favor de Dilma é coerente com as posições que assumiu nos últimos anos, quando esteve sempre ao lado do ex-presidente Lula, desde o início, ajudando-o nacionalmente e na “construção do novo Pernambuco”. “Não seria próprio, a meu ver, que no meio do caminho pudéssemos pular do barco, abandonar a presidente Dilma, dar as costas ao ex-presidente Lula, que fez tanto por Pernambuco”, afirmou.
“Nós reconhecemos que muita coisa foi feita em Pernambuco graças à decisão, ao compromisso e à vontade do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. Não há uma única obra, uma grande obra em Pernambuco que não tenha a marca do governo federal”, disse Armando Monteiro, salientando a competência e a capacidade administrativa do governador Eduardo Campos para aproveitar bem o apoio e as parcerias com o governo federal. O senador acrescentou ainda: “E trabalhar para que essa infraestrutura se complete significa necessariamente manter e ampliar parcerias com o governo federal”.
Para citar como exemplos da necessidade de se manter as parcerias com o governo federal, Armando lembrou de obras fundamentais para o abastecimento hídrico do Sertão, como a Transposição do Rio São Francisco, as diversas etapas da Adutora do Pajeú; o Canal do Sertão; e o Ramal de Entremontes. Mas, ressaltou, há diversos outros projetos, em regiões distintas, como a Adutora do Agreste, as duplicações de rodovias, a construção do Arco Metropolitano, entre outros.
Armando Monteiro justificou: “Precisamos completar nos próximos anos essa infraestrutura e, vamos reconhecer, para isso, que precisamos fundamentalmente de parcerias com o governo federal. Em toda essa infraestrutura que tem sido realizada aqui, os recursos provêm quase que exclusivamente do governo federal. Então, olhar para o futuro e consolidar essas ações para garantir que essa infraestrutura se complete significa necessariamente manter e ampliar parcerias com o governo federal”.
VEJA ABAIXO ALGUMAS DECLARAÇÕES DO SENADOR:
União garantiu avanços em Pernambuco
Armando Monteiro – “Todos sabem que estivemos juntos em 2010. Estávamos todos unidos, integrados à chamada Frente Popular de Pernambuco e foi graças a essa união que Pernambuco pôde avançar de maneira tão significativa nos últimos anos. Grandes mudanças e avanços aconteceram em Pernambuco. E isso tudo, para sermos justos, nós temos que creditar em grande medida a um grande brasileiro que foi o nosso ex e sempre presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. E quero também creditar esse processo de mudanças, dos grandes investimentos que aconteceram em Pernambuco, à nossa presidente Dilma, essa mulher de fibra que pôde dar continuidade a uma série de ações que o presidente Lula inaugurou em Pernambuco. Mas, para ser justo, quero também tributar o meu reconhecimento ao trabalho que o governador Eduardo Campos realizou”.
Sobre o fim da Frente Popular de Pernambuco
Armando Monteiro – “O PTB não promoveu um rompimento dentro da Frente Popular de Pernambuco. O que ocorreu é que o PSB, que é o partido do governador Eduardo Campos e, portanto, o partido que liderava a nossa aliança aqui em Pernambuco, o PSB entendeu que deveria lançar uma candidatura à Presidência da República, que eu considero um projeto legítimo. Com isso, a responsabilidade pela dissolução da Frente Popular de Pernambuco não é nossa, é do PSB. E nós entendemos que, como estávamos na base de apoio da presidente, como ela tem o direito que a legislação lhe assegura, de poder disputar a reeleição, não seria, a meu ver, próprio que no meio do caminho pudéssemos pular do barco, abandonar a presidente Dilma, dar as costas ao presidente Lula, que fez tanto por Pernambuco. Então, a partir daí nós vamos tomar caminhos distintos. O PSB segue numa direção, com uma candidatura própria, e nós vamos acompanhar a presidente Dilma. E nós nos sentimos confortáveis com essa posição porque nós reconhecemos que muita coisa que foi feita em Pernambuco graças à decisão, o compromisso e a vontade do presidente Lula e da presidente Dilma. Não há uma única obra, uma grande obra em Pernambuco que não tenha a marca do governo federal. Portanto, como os pernambucanos são sempre reconhecidos e gratos, não vão negar esse apoio à presidente Dilma”.
Participação de Lula na campanha
Armando Monteiro – “Então, nós vamos agora seguir com o nosso projeto, apoiando a reeleição da presidente Dilma, junto com o presidente Lula, porque o presidente Lula, que tem um grande carinho por Pernambuco, está comprometido com a reeleição da presidente Dilma. Eu estive duas semanas atrás com o presidente Lula e ele me transmitiu que estará engajado na campanha em Pernambuco, vai estar em Pernambuco pedindo voto, pedindo apoio da população para garantir a reeleição da presidente Dilma. E tenho certeza de que vamos ter um palanque muito forte em Pernambuco”.
Pernambuco tem um longo caminho a percorrer
Armando Monteiro – “Eu ajudei também, de forma modesta, mas ajudei, no êxito dessa administração (do governador Eduardo Campos). Mas o que eu tenho dito é que, se é verdade que Pernambuco avançou nos últimos anos, é mais verdade ainda que nós temos um longo caminho ainda a percorrer. Nós não ingressamos ainda no paraíso nem conquistamos definitivamente a felicidade. Pernambuco ainda é um Estado marcado por profundas desigualdades, desigualdades entre pessoas e entre regiões. Vejam que o pernambucano do Sertão tem apenas um terço da renda do pernambucano da área metropolitana. Vemos ainda que a infraestrutura de Pernambuco é mal distribuída, ela chega sobretudo a algumas regiões e há uma imensa carência em outras regiões”.