A graça é morrer e seguir vivendo. Morreram quantos de nós e seguimos vivendo? Morreu nossa infância, nada nos resta de nossa adolescência e continuamos nossa existência. Dr. Freud (1856-1939), Pai da Psicanálise, já o afirmava: O homem não acredita na própria morte. No inconsciente, não há representação da morte.
Também não adianta olhar a vida por um retrovisor cruel, concentrando-se em vazios e saudades. Eu sei que é impossível não lembrar os mortos, mas ninguém desejaria que um morto voltasse ao mundo para morrer outra vez.
Quem sabe se os mortos não estão tristes com o nosso sofrimento?
Sosígenes Bittencourt