No sábado (03) aconteceu a tradicional PRIMEIRA FEIRA DE AGOSTO. Contam os mais antigos que essa feira já foi o maior evento comercial da região, isso porque, era nas “bandas” de cá que a chamada indústria canavieira reinou absoluta durante muito tempo.
Como naquele tempo a “força motora” dos engenhos se dava através da mão de obra dos escravos negros que vinham da África, como também da força animal, era justamente nessa feira que os senhores de engenhos faziam seus apontamentos, ou seja, preparavam suas “maquinas” para trabalhar.
Com as mudanças do perfil desse tipo de negócio a feira manteve a tradição do encontro, ou seja, passou a ter como principal foco a transação dos cavalos de cela, não mais escravos, burros e bois, sendo inclusive, por esse motivo, muitas vezes, confundida como “feira de cavalos”ou “feira de animais”.
O Secretário Municipal de Agricultura, Roberto Bezerra, nos últimos anos, fez “das tripas coração”, para viabilizar o evento e manter a tradição viva. Já o prefeito Elias Lira, dada à sua incapacidade de entendimento histórico e sua já conhecida insensibilidade cultural, faz do evento, assim como fez o folclórico ex-prefeito, José Aglalilson, apenas uma “caminhada eleitoral”.
Mesmo tendo muito ainda por fazer, no tocante a estrutura, o “novo” Parque deu uma melhorada, se comparado aos eventos ocorridos nos dois anos anteriores.
É importante realçarmos a FORÇA DA TRADIÇÃO deste evento, pois sem nenhuma divulgação consistente e com atrações musicais do tipo: “água com açúcar” pudemos anotar um bom número de pessoas, assim como comerciantes e criadores de outros municípios circulando na feira.
Entre os pontos negativos do evento, o que não é de se estranhar, face à falta de planejamento na sua concepção, estacionar o carro, se configurou em verdadeira “aventura”. O acesso é outro “capítulo” a parte, em função, claro, de só haver uma rua estreita para se chegar. O fluxo de veículo ficou complicado mais uma vez forçando, inclusive, os agentes da AGTRAN, que tinham como missão organizar o trânsito no local, ficar preso nele também.
Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, rica em tradição e história, precisa dá uma guinada de 360 graus na condução de políticas públicas no sentido de promover e preservar seu patrimônio material e imaterial.
Depõe contra estes gestores, que já estão há seis anos consecutivos no poder e que tanto criticavam a gestão anterior, o estado de abandono do MONTE DAS TABOCAS, a calamitosa situação dos prédios do AÇOUGUE DA CARNE e do MERCADO DE FARINHA e tantas outras histórias que estão sendo jogadas na lata do lixo por gestores que só pensam em política e poder.
Da redação.