Do Ano Velho parou, enfim, o coração
para, no Ocaso cair da Eternidade!
enquanto o Novo, numa afirmação
diz-se Emissário da Felicidade!
Ah! nem sempre!… Talvez uma ilusão!
mas… de acerbo sofrer a ansiedade…
a muitos alegrando o coração
ferindo a outros com impiedade!
Velho ou Novo, ó Ano, és sempre o mesmo
nesta carreira louca, infinita, a esmo,
neste vai e vem, a prometer, sorrindo
à triste Humanidade belos dias
num misto de tristezas e alegrias,
morrendo Velho e Novo ressurgindo!
(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 18)