Não fui ao Reino Fungi. Sem querer querendo fui remexer em minha correspondência e deparei-me com essa pérola de depoimento que cai bem no momento atual de nossa política.
Momento que antecede as eleições e momento da desenfreada corrida dos nossos coerentes políticos que mudam de partidos, como se muda de uma camisa.
Foi escrito pelo professor da UFPE, Lucivânio Jatobá, que viveu sua infância e adolescência na Vitória de Santo Antão.
Estimados Amigos,
Na próxima sexta-feira, dia 30 de janeiro de 2009,no Teatro Silogeu, em Vitória de Santo Antão, às 20 h, estará sendo lançado o livro “José Augusto Ferrer- Sim, sim, não, não,” escrito pelo prof. Pedro Ferrer, da UFPE. O livro trata da vida e da trajetória política do deputado e ex-prefeito do município, sr. José Augusto Ferrer.
Tive a satisfação de ter conhecido “Zé Augusto” , ainda nos anos 60. Fomos quase vizinhos. Na Prefeitura, Zé Augusto notabilizou-se por ter exercido o mandato de Prefeito de uma maneira singular: o cuidado excessivo, até, com a coisa pública. Esse era tão intenso que no final de cada ano do mandato sobravam recursos, pois o Prefeito tratava a Prefeitura como se fosse a sua casa e fazia cortes em despesas significativos. Nada de despesas inúteis! Muitas vezes, Zé Augusto saía varrendo a rua bem cedinho, sobretudo na Praça do Anjo, para economizar com pagamentos extras de funcionários. Foi o melhor exemplo de político que odiava a corrupção e a farra dos gastos. Quem viveu em Vitória, nos anos 60, durante a sua gestão, mesmo sendo inimigo político dele, dirá que foi ( e é ) um homem honestíssimo. Pessoas como Zé Augusto encontram-se em extinção. São objeto de estudo e salientam-se , no mar do corrupção, como ilhas de exceção. Deveria haver no IBAMA uma política de preservação desse tipo de “Bicho-Homem”, sobretudo agora em que é raro o político que age como agia aquele “matuto esclarecido” de Santo Antão da Mata.
Um abraço, Lucivânio Jatobá
Pedro Ferrer