Que beleza…
Não se apressa o rio
Ele flui com a correnteza
Mas sempre temos pressa
Nunca temos certeza
Sobre os atropelos do destino
O sentimento nos cega
E o medo é uma coisa concreta
Mas o amor não nega
A verdade que sentimos
Quando se bebe da fonte mágica
Pura cornucópia da felicidade
Mas a busca da plenitude
Para mim pode gerar
Uma puta ansiedade
Quando faltar, trará saudade
Mas não será por medo de chorar
Que deixaremos de sorrir
Não é por medo de progredir
Que deixaremos de crescer
Quem é certo, quem é errado
Como sabemos ou como saberemos
Quais os sinais do cotidiano?
Que irão nos esclarecer
Um texto lido
Uma poesia declamada
Flores da pessoa amada
São fatos corriqueiros e repetidos
Mas até quando?
Representações do sentimento
Que aumenta a cada momento
A espera de uma definição
São as coisas do coração
Que não se sabe explicar
Ouça seu eu interno
Ele bate forte na mesma tecla
Não importa se no inferno
Você jamais irá calá-lo.
(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 20 e 21).