O triste é que a solução depende de políticos.

-fav - MERCADO DE FARINHA - HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, 1983 A 2010

Um dos temas que mais deve revoltar a população vitoriense deve ser a feira que deveria acontecer um ou dois dias na semana e que na verdade se tornou quase que totalmente fixa na praça Duque de Caxias e na Praça da Bandeira.

A maioria dos vitorienses ainda escuta histórias dos tempos em que existia uma praça ali atrás do mercado que fica na Duque de Caxias. Numa sala da prefeitura tem uma foto aérea antiga enorme onde pode ser visto um espaço livre gigantesco atrás do mercado público. Cada dia que se passa isso fica mais esquecido. Daqui a pouco as pessoas nem vão saber que aquilo ali era uma praça e talvez muitos já nem notem que aquela foto é de um local no qual nós vitorienses passamos com grande frequência.

É triste, mas a cada dia que passa notamos que aquela invasão se tornou normal e que nenhum dos nossos governantes tem coragem de tomar uma atitude e arrumar aquela bagunça. Os feirantes, que antes utilizavam bancadas móveis, cada vez mais constroem suas bancadas, lanchonetes, ou até lojas de alvenaria. Não faz muito tempo, o Carnaval e algumas festas durante o ano aconteciam ali, aonde as bancadas eram retiradas e se colocava um palco no local. É assustador que no carnaval, ao invés de tirar as bancadas a Prefeitura colocou um tapume para que as pessoas não entrassem. A Prefeitura resolveu proteger o errado.

Do lado do Banco Santander existia uma rua que subia para o mercado e provavelmente para a Praça da Bandeira (que não existe mais), hoje tem uma grade impedindo a passagem. O que termina por acontecer é que a feira, a de frutas, verduras e outras coisas termina não tendo espaço e sobe pela rua da Águia até quase na Praça da Matriz, atrapalhando muito os moradores de ruas que ficam ocupadas por uma feira que poderia ficar mais organizada se não tivessemos aceitado a invasão de um espaço tão grande e bem localizado da nossa cidade.

É estranho que não exista uma organização da população prejudicada afim de corrigir isso. É estranho que nenhum candidato a Prefeito apresente um projeto pra nos devolver o Mercado Público e a Praça da Bandeira que, pelo tamanho, poderia ser um ótimo espaço para eventos. Ainda cabe a todos se preocuparem com a possibilidade de acontecer algum acidente, no local onde hoje funciona o que chamamos de feira, seria complicado para que as pessoas saíssem dali rápido.

A solução, seria um movimento dos políticos, dos moradores e comerciantes insatisfeitos e até dos próprios feirantes afim de que lhes seja oferecido um local adequado para que possam trabalhar com segurança, higiene e organização.

Já ouvimos várias ideias para a mudança de local: falavam no final da avenida Mariana Amália, já ouvi dizer que caberia na Rodoviária,m que muitos acreditam que poderia se mudar pra mais longe, já ouvi falar no local onde vai funcionar a UPA ou até perto do Shopping. Certamente existe alguma solução, basta ter boa vontade e atitude.

O triste é que a solução depende de políticos que não estão muito dispostos a entrar numa briga que a princípio gera uma enorme rejeição, mas que com o passar do tempo pode-se tornar uma das obras mais importantes da cidade.

É necessário então que a população se organize e se mobilize pra cobrar. Já descobrimos que precisamos votar e passar o mandato cobrando, porque se não cobrarmos as coisas andam desordenadamente ou nem andam.

aposente

5 pensou em “O triste é que a solução depende de políticos.

  1. Em relação ao bloqueio de vias urbanas provocado pela feira livre, existe sim um grupo de moradores prejudicados com essa situação que reivindica há vários anos, junto às autoridades públicas, a solução desse problema. Pelo menos os que residem na Rua Estevão Cruz, os da atual Rua Professora Lenira Santos (antiga Rua Dias Cardoso) e também da Rua André Vidal de Negreiros.

    Após vários apelos ao Poder Público Municipal, inclusive abaixo-assinados sequer respondidos pela Prefeitura de Vitória, ingressamos em março/2011 com uma Representação no Ministério Público para que interferisse nessa questão. Houve vários encontros entre representantes da prefeitura, moradores e feirantes, culminando com uma Audiência Pública em 04.06.13. Foram discutidos todos os problemas que a feira provoca: ilegalidade do bloqueio de residências, condições precárias de higiene, insegurança, local sem infraestrutura para tal fim, etc. O próprio Corpo de Bombeiros condenou a área da feira e afirmou que todos estão em risco em caso de emergências.

    Após várias demandas da Promotoria ignoradas, diante da indiferença da Prefeitura com o caso, inclusive não apresentou nenhum projeto viável e não se comprometeu com prazo algum para resolver esse grave problema, o Ministério Público ingressou em 05/2014 com uma Ação Civil Pública contra o Município (Processo 2387-35.2014.8.17.1590). Qualquer pessoa pode acompanhar o andamento do mesmo no site do TJPE (www.tjpe.jus.br). Infelizmente o rito da justiça é lento, mas é o que temos.

  2. Pingback: Internauta Rogério Albuquerque comenta no blog | Blog do Pilako

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