Por ocasião do recadastramento dos eleitores vitorienses, em função do sistema  eleitoral biométrico,  ora em fase de implantação na nossa cidade, Vitória de Santo Antão, na tarde de ontem (23), fui obrigado à manusear meus documentos e, entre eles meu título de eleitor.

Pois bem, como é comum a gente só “pegar” no título de eleitor quando estamos prestes a votar, comigo não é diferente. No meu “porta-título”, guardo os comprovantes de todas as vezes que votei. Antes da proibição, pela justiça eleitoral, da distribuição de brindes pelos candidatos era normal os postulantes ofertarem aos seus eleitores alguns  produtos, tais como: camisa, boné, porta-título e etc.

Como bom eleitor ainda guardo comigo a oferta do então  candidato a vereador da Vitória, Javan Ageu de Lima. O amigo Javan, em se tratando de história, curiosidades e comentários políticos, era um sujeito, “sui generis”.

Meu filho Gabriel, que completou recentemente dose anos, ainda lembra do comentário do amigo Javan quando ele (Gabriel),  na fase de alfabetização, ao vê uma placa que trazia a letra “A” disse: “papai, papai, olhe ali a letra “A” de avião”.  Javan, ao lado, escutou tudo e antes que eu falasse alguma coisa, disse: “pague a escola do menino, ele tá aprendendo e  se estiver sem dinheiro, fale comigo que eu lhe empresto. Mas não deixe de pagar a escola do menino”.

Sobre o amigo Javan Ageu de Lima, o “Professor Lima”, como as vezes ele gostava de se apresentar, poderia escrever até amanhã, sem faltar assunto e curiosidades. Portanto, como já falei, ao pegar meu  porta-título, ontem, a lembrança do amigo Javan Ageu de Lima foi imediata.