Qual o crime em ser candidato

Precisamos que os bons sejam candidatos às vagas de vereador, prefeito e tudo mais que ocupar politicamente nossa cidade, estado ou mesmo o país. O problema é que os bons acham errado o gasto excessivo de dinheiro em campanha, eles não querem se sujar freqüentando lugares onde consideram que existam pessoas desonestas e principalmente, acreditam que uma andorinha só não fará verão. Não adiantaria de nada ter um eleito, pois pensam que todos os outros são desonestos e terminariam por corromper o novato da ficha limpa.

As pessoas encontraram algumas soluções pra isso, a primeira opção é ficarem só reclamando, e fazem isso a vida toda, às vezes dizendo que nunca vai ter solução, falando que o bom seria se pudessem se mudar para outro país. A segunda opção é tentar ajudar em algum assunto, as pessoas tentam se engajar na luta contra a fome, contra a pobreza, contra os mal-tratos aos animais, a favor da leitura ou de cinemas alternativos, às vezes tentam ajudar pessoas drogadas com programas culturais ou esportivos mas sempre se dizendo apolíticos, que não querem se candidatar a nada e nem querem nenhum político por perto.

É bonito tentar ajudar, a segunda opção é bem legal, mas é muito difícil. A forma mais fácil de fazer alguma coisa é tendo um mandato ou tendo a ajuda de alguém que tenha. O problema é o preconceito e quando uma pessoa que participa de algum movimento tenta ser candidato todo mundo taxa ela como aproveitadora. Nenhuma pessoa honesta gosta de ser acusada de aproveitadora e nos movimentos sociais sempre existem pessoas, digamos que não muito honestas, que querem ser candidatos e terminam conseguindo porque os que seriam melhores candidatos não se sentem à vontade para se candidatar e tentar construir algo maior.

O APOSENTE nasceu numa eleição, a primeira coisa que fizemos foi juntar pessoas afim de eleger um vereador sem gastar dinheiro. Quando reclamam que estamos criticando afim de colocar um candidato não nos sentimos atingidos. Queremos sim ter um candidato, um que a gente confie e que prove que é possível ganhar uma eleição com ideias e não com muito dinheiro, queremos sim ter um candidato que seja eleito e prove de alguma forma que uma andorinha não faz verão mas que um elefante incomoda muita gente e que crie uma onda fazendo com que tenhamos mais candidatos deste tipo eleito. Podem comentar ai embaixo falando que tudo isso é utopia e que somos bobos ou pretensiosos, seremos assim enquanto pudermos.

Depois de passada a última eleição pra prefeito o APOSENTE virou um canal de informação e de encontros. Assistimos e mostramos através do facebook a maior parte das sessões da câmara, mostramos problemas e até elogiamos atitudes tomadas pela câmara de vereadores ou pela prefeitura. Reunimos pessoas em feiras de livro ou festas musicais, conhecemos um pouco vários lugares da cidade. Conhecemos melhor os vereadores, incentivamos pessoas a irem às sessões da câmara e tivemos ricas discussões virtuais ou pessoais com pessoas de Vitória e de fora de Vitória. O APSENTE já foi falado em Recife, Goiana, Garanhuns, Belo Jardim, João Pessoa, Toritama, Ipojuca, Caruaru e vários outros lugares. Informamos e incentivamos as pessoas a pensarem sobre política mesmo que minimamente.

Então vejamos, o APOSENTE nasceu para uma eleição, sendo assim, se tivermos um candidato não será nenhum crime. E se qualquer pessoa resolver se filiar a um partido e se candidatar ela não ganha uma marca na testa com o nome ladrão.

Não precisamos dos novos, precisamos dos bons, se eles são desbravadores de oceanos ou simples cidadãos vitorienses, isso não importa, precisamos deles.

aposente

Redução da Maioridade Penal

Em meio a essa polemica sobre a redução da maioridade penal, cabe analisar alguns pontos para contextualizar o leitor, senão vejamos:

A Câmara dos Deputados colocou novamente em pauta de votação, PEC(Projeto de Emenda Constitucional), que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Para virar lei, o texto ainda precisa ser apreciado mais uma vez na Casa e, depois, ser votado em outros dois turnos no Senado.

O Presidente da Câmara, após a rejeição na noite anterior, afirmou que a Casa ainda teria que votar o texto principal, mas ressaltou que isso só ocorreria após o recesso parlamentar de julho. No entanto, após reunião com parlamentares favoráveis à redução da maioridade penal, ele decidiu retomar a análise do tema nesta quarta e apreciar um texto parecido com a proposta rejeitada.

Dadas essas informações, passamos observar outros pontos acerca do momento em que se dá o encaminhamento de tal proposta.

Mesmo diante da aparente aprovação popular da redução da maioridade penal, nota-se que a Câmara e o Legislativo em si, usa dois pesos e duas medidas quanto à temas relativos ao projeto.

São propostas vazias de planejamento à longo prazo, assim como foi com a propostas aprovadas para reforma política. Ou seja, passam longe de significar uma reforma.

A mesma Câmara que reexamina matéria de redução de maioridade penal, reprovada no dia anterior, aprova tranquilamente redução de 1/3 do orçamento da educação, bem como dos gastos públicos. E nessa conta, o Governo Federal também tem culpa. E o que isso tem haver com a maioridade pena? Tudo!

Considerando ser uma nova forma de política social, aplicar penas à menores de 18 anos, o poder público carece também  de novas de políticas de incentivo à educação e mais ainda, na acomodação desses novos presidiários, afim de que a ressocialização seja possível.

Ainda mais, estudos comprovam que o melhor momento para apreciação desse tipo de matéria é durante prosperidade econômica, e não em momento de crise. Ou seja, momento estritamente inoportuno. Mas, aproveitando-se do clima de instabilidade institucional do executivo, o legislativo tenta recuperar sua imagem outrora arranhada, sem prever as consequências disto.

aposente

Tem um assunto que nós do Aposente tratamos com muita importância

evolução

Tem um assunto que nós do Aposente tratamos com muita importância, acho que sentimos como se este fosse nosso principal “dever”: queremos conscientizar as pessoas, mostrar o que acontece na câmara de vereadores e fazer com que mais pessoas acompanhem o trabalho dos vereadores. Desde o começo deste mandato, acompanhamos quase que todas as sessões da câmara e sempre comparece ao menos um dos nossos por lá. Somos conhecidos pelos vereadores, já arrumamos confusão com quase todos eles, mas acredito que somos respeitados por todos na câmara.

No começo as sessões eram vazias, em algumas oportunidades assistimos a elas sozinhos. Sempre fizemos os relatórios e chamamos as pessoas para aparecerem por lá. Em alguns momentos existiam movimentos interessantes. Se tivesse um projeto que beneficiasse os taxistas, eles lotavam a câmara. Se tivesse alguma coisa de Aglailson, os simpáticos a ele lotavam a sessão. Se tivesse alguma coisa para os trabalhadores rurais ou disso ou daquilo, eles apareciam por lá, só pra dar uma bajulada e ter certeza que o que eles queriam seria aprovado. O engraçado é que depois de votado o que eles queriam, eles iam embora e a sessão continuava. Isso sempre nos aborreceu, mas nunca conversamos muito sobre isso.

Nas nossas conversas acreditamos que incentivamos muita gente a aparecer por lá e estas pessoas fizeram o mesmo. Hoje temos uma rádio transmitindo a sessão e cada vez mais, blogs tratam do assunto e comparecem às sessões e assim multiplicam o que a gente desejava desde o começo: as pessoas estão indo mais na câmara e isso é muito importante! Os vereadores passam a discutir temas mais interessantes, tomam mais cuidado com o que falam e passam a ter que mostrar mais serviço. UM PÚBLICO GRANDE, CRÍTICO E INTELIGENTE FAZ COM QUE ELES TRABALHEM.

Depois disso tudo falemos da vergonha que foi a última sessão. O relevante da sessão passada era a aprovação  de um plano municipal de educação. Quando chegamos na sessão, nem tinha onde sentar direito. Estava cheio de professores municipais, convidaram até uma lá para mesa, na hora de aprovar o que eles queriam. Os vereadores falaram, cobraram da prefeitura o fato de o documento ser uma cópia do plano nacional de educação e reclamaram que esta cópia tenha custado mais do que R$400.000,00. Depois votaram alguma coisa de terreno e alguns requerimentos.

Mas o que realmente marcou a sessão foi que os professores, igualzinho aos taxistas, igualzinho aos trabalhadores rurais, igualzinho aos feirantes, igualzinho aos defensores de Aglailson, igualzinho aos trabalhadores disto ou daquilo abandonaram a sessão logo depois de votado o que eles se interessavam. Cada um só se importa com o próprio umbigo. Eles estavam lá, um dia só. Poderiam assistir a tudo, já que são formadores de opinião, e não conseguiram ficar meia hora na sessão para formar a opinião deles mesmos. Os professores que tanto reclamam do salário baixo ou das péssimas condições de trabalho, que acreditam que o magistério é a profissão mais importante de todas, estavam lá representados e saíram da sessão. Não ficaram até o fim. Eles que dizem que não se pode abandonar um aluno, eles tão sofridos, tão formadores, ele não se preocuparam com a gente, não se preocuparam com o que vinha depois pensaram só neles, foram iguais aos outros. RIDÍCULO.

aposente

O triste é que a solução depende de políticos.

-fav - MERCADO DE FARINHA - HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, 1983 A 2010

Um dos temas que mais deve revoltar a população vitoriense deve ser a feira que deveria acontecer um ou dois dias na semana e que na verdade se tornou quase que totalmente fixa na praça Duque de Caxias e na Praça da Bandeira.

A maioria dos vitorienses ainda escuta histórias dos tempos em que existia uma praça ali atrás do mercado que fica na Duque de Caxias. Numa sala da prefeitura tem uma foto aérea antiga enorme onde pode ser visto um espaço livre gigantesco atrás do mercado público. Cada dia que se passa isso fica mais esquecido. Daqui a pouco as pessoas nem vão saber que aquilo ali era uma praça e talvez muitos já nem notem que aquela foto é de um local no qual nós vitorienses passamos com grande frequência.

É triste, mas a cada dia que passa notamos que aquela invasão se tornou normal e que nenhum dos nossos governantes tem coragem de tomar uma atitude e arrumar aquela bagunça. Os feirantes, que antes utilizavam bancadas móveis, cada vez mais constroem suas bancadas, lanchonetes, ou até lojas de alvenaria. Não faz muito tempo, o Carnaval e algumas festas durante o ano aconteciam ali, aonde as bancadas eram retiradas e se colocava um palco no local. É assustador que no carnaval, ao invés de tirar as bancadas a Prefeitura colocou um tapume para que as pessoas não entrassem. A Prefeitura resolveu proteger o errado.

Do lado do Banco Santander existia uma rua que subia para o mercado e provavelmente para a Praça da Bandeira (que não existe mais), hoje tem uma grade impedindo a passagem. O que termina por acontecer é que a feira, a de frutas, verduras e outras coisas termina não tendo espaço e sobe pela rua da Águia até quase na Praça da Matriz, atrapalhando muito os moradores de ruas que ficam ocupadas por uma feira que poderia ficar mais organizada se não tivessemos aceitado a invasão de um espaço tão grande e bem localizado da nossa cidade.

É estranho que não exista uma organização da população prejudicada afim de corrigir isso. É estranho que nenhum candidato a Prefeito apresente um projeto pra nos devolver o Mercado Público e a Praça da Bandeira que, pelo tamanho, poderia ser um ótimo espaço para eventos. Ainda cabe a todos se preocuparem com a possibilidade de acontecer algum acidente, no local onde hoje funciona o que chamamos de feira, seria complicado para que as pessoas saíssem dali rápido.

A solução, seria um movimento dos políticos, dos moradores e comerciantes insatisfeitos e até dos próprios feirantes afim de que lhes seja oferecido um local adequado para que possam trabalhar com segurança, higiene e organização.

Já ouvimos várias ideias para a mudança de local: falavam no final da avenida Mariana Amália, já ouvi dizer que caberia na Rodoviária,m que muitos acreditam que poderia se mudar pra mais longe, já ouvi falar no local onde vai funcionar a UPA ou até perto do Shopping. Certamente existe alguma solução, basta ter boa vontade e atitude.

O triste é que a solução depende de políticos que não estão muito dispostos a entrar numa briga que a princípio gera uma enorme rejeição, mas que com o passar do tempo pode-se tornar uma das obras mais importantes da cidade.

É necessário então que a população se organize e se mobilize pra cobrar. Já descobrimos que precisamos votar e passar o mandato cobrando, porque se não cobrarmos as coisas andam desordenadamente ou nem andam.

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Em 2 anos os recursos destinados à cultura em Vitória podem mudar.

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Já imaginou você querer fazer um evento cultural na cidade e não precisar “solicitar à prefeitura”, mas sim concorrer a um edital? Parece inacreditável, mas não é: podemos assistir uma mudança dramática na forma como os recursos destinados à cultura serão distribuídos em Vitória de Santo Antão.

Ano passado a prefeitura municipal assinou um acordo de cooperação com o ministério da cultura, comprometendo-se a aderir no Sistema Nacional de Cultura. Como assim? Em poucas palavras, significa que toda iniciativa cultural no município, que pretenda receber algum recurso para suas atividades, terá que se inserir em um plano de políticas culturais que será elaborado pelo conselho municipal de cultura. O conselho de cultura, conforme a lei municipal 3.832/13, pode definir as prioridades na aplicação de recursos públicos na cidade, entre outras disposições.

Na prática poderemos assistir, nos próximos 2 anos nesta cidade, a criação de algo como um “FUNCUNTURA municipal”. Ou seja, cada manifestação cultural só poderá disputar recursos municipais através de edital.

Mas, para não dizer que não falei das flores, essa mudança só irá ocorrer com a participação efetiva da população e principalmente de quem está fazendo a cena cultural da cidade. E a hora é agora. A secretaria de cultura já realizou a convocação do Fórum municipal de cultura, aonde haverá a eleição do conselho. Serão 12 cadeiras no conselho, sendo 6 destinadas à sociedade civil (possivelmente, cada cadeira corresponderá a uma linguagem, como literatura, cênicas, audiovisual e fotografia, música, artes visuais e cultura popular).

Muita gente, claro, vai acreditar que é “mais uma conversa para boi dormir” ou que “nada mudará em Vitória”. De fato, será assim se a população não ocupar esses espaços. Portanto, se você é artista poeta, músico, ator etc., reflita um pouco: se deixarmos passar este momento não vamos poder reclamar da secretaria de cultura sem colocar na mesa o nosso próprio quinhão de responsabilidade.

 Estamos vivento um ponto sensível na história cultural da cidade.  #‎ficadica

P.S.: para quem quiser consultar.

1 – notícia sobre reivindicação da população em torno do conselho: http://www.avozdavitoria.com/criacao-do-conselho-e-fundo-de-cultura-e-uma-vitoria-da-juventude-da-vitoria-de-santo-antao/

2 – notícia sobre acordo de cooperação: http://nossavitoriape.com/2014/02/vitoria-de-santo-antao-adere-ao-sistema.html

3 – Lei que dispõe sobre o conselho e o fundo de cultura: http://camaradavitoria.pe.gov.br/app/wp-content/uploads/2013/10/LEI-N%C2%BA-3.832-de-09-de-setembro-de-2013.pdf

4 – Lei que dispõe sobre o Sistema Municipal de Cultura: http://camaradavitoria.pe.gov.br/app/wp-content/uploads/2014/12/LEI-N%C2%BA-3.897-de-1-de-abril-de-20141.pdf

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Castração: uma alternativa para reduzir o número de animais nas ruas

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Cuidar dos animais é uma questão de saúde pública, pois a população pode ser acometida por diversos problemas ocasionados por cães e gatos que vivem nas ruas. Investir em saúde pública, através do controle populacional de cães e gatos e combate à zoonoses, proporciona economia considerável no tratamento da saúde das pessoas. Segundo o Deputado Federal Ricardo Izar, “para cada R$ 1,00 investido no controle populacional, no combate a zoonoses, no tratamento de doenças e em campanhas de esterilização, entre outros, R$ 27,00 deixam de ser gastos com o tratamento em humanos”.

Um dos caminhos para isso é a castração, uma ação ainda cercada por muitas dúvidas e, de certa forma, por receios e preconceitos. Para mostrar que este é um método seguro e eficiente no controle de zoonoses, respondemos abaixo a algumas dúvidas comuns entre tutores dos animais.

Por que castrar é importante no controle de animais?

A superpopulação de cães e gatos abandonados nas ruas é um problema mundial. Estima-se que 75% da população de cães no mundo esteja nas ruas. O gerenciamento dessa população é um problema em muitas partes do mundo e tem sérias implicações para a saúde pública e o bem-estar animal. A única maneira eficaz de alterar esta situação é a castração dos animais. E um proprietário responsável tem o dever de impedir a reprodução descontrolada de seu animal. Segundo a WSPA, organização mundial de proteção animal, uma cadela em seis anos de vida reprodutiva pode gerar 100 descendentes, enquanto que uma gata em dois anos pode gerar 200 descendentes!

Além de promover o controle de natalidade, a castração também evita problemas de saúde nos animais. Nas cadelas, por exemplo, o risco de câncer de mama é reduzido quando elas são esterilizadas antes do primeiro cio. O procedimento também acaba com o risco de piometra, uma infecção uterina grave que costuma acometer cadelas com mais de cinco anos. Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas. Além dos tumores de mama, a castração precoce previne quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas.

A castração nos machos ainda evita a demarcação territorial (urinar por todos os cantos), as fugas atrás de cadelas no cio, além de evitar que o animal fique “agarrando” nas pernas das pessoas em uma tentativa frustrada de acasalar.

É importante, destacarmos também a responsabilidade da população no processo de posse responsável,  uma vez que o aumento do número de animais nas ruas, decorre também da procriação de animais domésticos que na maioria das vezes são abandonados pelos próprios donos na vias públicas. Vale destacar que a Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, em seu artigo 32 estabelece: “praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos” tem como consequência a pena de detenção, de três meses a um ano, e multa. O abandono também é considerado maus tratos porque expõe os animais domésticos ao desamparo, submetendo-o ao sofrimento, já que são seres que dependem do ser humano para terem uma vida digna.

Em que consiste a castração? A partir de que idade pode castrar?

A castração é um método cirúrgico que consiste na retirada do útero e ovários da fêmea e dos testículos do macho, impedindo assim a procriação. É um procedimento considerado seguro quando realizado por um médico veterinário experiente. O pós-operatório exige observação do animal, até completa cicatrização e retirada dos pontos. Nas fêmeas, o ideal é que a cirurgia seja feita antes do primeiro cio (em média aos 6 meses) e nos machos até os 10 meses, no entanto, animais adultos também devem ser castrados. Diferente da esterilização cirúrgica, outros métodos contraceptivos como administração de anticoncepcionais injetáveis vêm se mostrando em longo prazo um fator que predispõe a doenças no trato reprodutivo de fêmeas.

Quais animais podem ser castrados?

Os animais domésticos, como cães e gatos podem e devem ser castrados para evitar a superpopulação de animais.

Muda o temperamento do animal?

Ao contrário do que se imagina, animais castrados não ficam mais preguiçosos ou lentos. O animal só ficará mais apático se ganhar muito peso. À medida que ele envelhece, fica menos ativo e, muitas vezes, associamos este fato à castração.

O animal engorda após a castração?

Os animais têm tendência a ficar obesos por excesso de alimentação, e não por causa da castração. Se o tutor limitar a quantidade de alimentação fornecida ao seu animal, ele permanecerá com o peso ideal e saudável.

A castração se apresenta como uma alternativa eficaz no controle da população de cães e gatos, pois colabora com a redução da natalidade sem transgredir os direitos e bem-estar do animal. É essencial o apoio do Estado, em todos os níveis, na implantação ou manutenção de programas permanentes para o controle reprodutivo de animais urbanos, sejam errantes ou pertencentes a famílias carentes. Lembramos que a função de recolher, castrar, acolher e dar assistência a animais abandonados deveria ser de responsabilidade do estado, conforme Decreto 24.645/34 diz, em seu artigo 1° e 2º (parágrafo 3°):

  1. “Todos os animais existentes no País são tutelados pelo Estado”.

No município de Vitória de Santo Antão, ainda não existe uma secretaria ou órgão equivalente que preste assistência médico veterinária ou ainda realize o controle populacional através da castração cirúrgica, por isso, é cada vez maior o número de animais abandonados, que se reproduzem sem qualquer controle e vêm sofrendo todo tipo de maus-tratos, desde a fome, a sede e o acometimento de diversos males, que causam dor e sofrimento, como atropelamentos e atos de violência por parte das pessoas da cidade.

A população deve se mobilizar e reivindicar junto aos órgãos governamentais, políticas públicas efetivas que estabeleçam programas de castração em massa e atendimento veterinário gratuito para o município de Vitória de Santo Antão. As pessoas interessadas em participar de algum grupo de mobilização em defesa dos animais podem procurar o Corrente pelo Bem dos Animais ou o Movimento de Amigos Protetores dos Animais 

aposente

Ônibus universitário: um caminhante morto.

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No final da primeira temporada da série The Walking Dead (que trata de sobreviventes de um holocausto zumbi), Rick Grimes, o personagem principal do seriado, trás uma surpresa para o seu grupo e para os espectadores, que até então poucos haviam percebido: “nós somos os mortos vivos”. Ou seja, Rick quis dizer que não eram os zumbis os verdadeiros caminhantes mortos, mas eram os próprios sobreviventes que carregariam este fardo até o fim dos tempos.

Mas o que fez o personagem falar algo tão sinistro assim? Ora, além da incapacidade de pensar, um verdadeiro caminhante morto possui uma característica muito singular: ele permanece encurralado num corpo animado, porém sem vida. Sendo assim, um zumbi de verdade tem que residir entre estes dois mundos. Ou seja, Rick estava certo quando identificou os sobreviventes a um morador que habita este limite entre a existência e a inexistência.

A série foi inspirada neste assombro que persegue a humanidade: ninguém quer pertencer a dois mundos sem poder habitar nenhum. É por isso, por exemplo, que “Ghost”, protagonizado por Patrick Swayze, precisava resolver de vez suas pendências na terra para atravessar completamente o “outro lado da vida”. Ou é por essa mesma razão que no romance de Mary Shelley, as pessoas nunca aceitaram Frankenstein, uma criatura que foi trazida à vida sem jamais poder existir nela.

Entretanto, é curioso como em Vitória de Santo Antão a metáfora do morto-vivo pôde sair da ficção e virar realidade. Aqui temos algumas criaturas dessas, circulando diariamente entre nossa cidade e a região metropolitana do Recife. Chamam-no carinhosamente de ônibus dos estudantes universitários. Estes foram criados ainda na gestão do ex-prefeito José Aglailson e desde então circula entre cidades sem existir de fato no orçamento da prefeitura e nem na legislação municipal.

Esta criatura chamada “buzão do estudante” é, portanto, uma aberração jurídica e orçamentária, que tem a incrível capacidade de colocar os universitários numa sinuca de bico: se por um lado os estudantes não podem reclamar por causa da falta de manutenção e de segurança no transporte, já que o poder executivo sempre lembra que o ônibus é apenas uma “generosidade do prefeito” e não um direito dos usuários; por outro lado o poder executivo alega que não pode regulamentá-lo por falta de recursos.

Entenderam?

É tão surpreendente que vamos explicar de outro jeito: o ônibus está precário e ninguém pode reclamar, pois a prefeitura alega que é um favor; e se os estudantes tentam regulamenta-lo para ele existir de uma vez por todas na legislação, mas a prefeitura alega que não há dinheiro para bancar o serviço (mesmo que o transporte seja financiado pelos cofres públicos há cerca de 10 anos).

Sendo assim, o ônibus universitário é uma criatura que habita entre a existência de fato e a inexistência jurídica e orçamentária. Sair dessa sinuca de bico é a grande tarefa dos estudantes de Vitória, que podem ver este serviço público ser suspenso pelo próximo prefeito em 2017 (serviço de grande valor, pois ajuda a manter na cidade os futuros profissionais que se qualificam em Recife). A morte desta criatura já começou, pois através de decreto o prefeito começou a reduzir a concessão das carteirinhas que dão acesso ao serviço. Apesar desse transporte ser de grande benefício para a sociedade, já que lida com a educação das nossas gerações, os nossos representantes não veem muito futuro em virtude da despesa que ele gera sem, por outro lado, ser revertida em votos “amarelos” (afinal, estudantes costumam ser críticos com relação aos nossos gestores).

Enfim, caso os estudantes fracassem em regulamentar o transporte, Vitória poderá atestar miopia com relação à educação e ao futuro desta cidade. E poderá também declarar, assim como o fez Rick Grimes: “nós é que somos os caminhantes mortos”.

P.S.: Terça-feira, dia 12 de maio, às 19 horas, haverá uma audiência pública na Câmara dos vereadores para discutir transporte na cidade. Uma das pautas é este ônibus universitário e os estudantes estão se mobilizando para defender a regulamentação do serviço. Todos deveriam comparecer.

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Turismo em Vitória de Santo Antão. E por que não?

aposente

Vitória de Santo Antão possui um potencial turístico ainda não explorado. Localizada a 49 km da capital de Pernambuco, na região da Mata Centro, no corredor do Turismo Rural do estado, o município não está dentro de nenhum roteiro turístico. Com inúmeras potencialidades, a cidade deixa a desejar em infraestrutura. Temos uma cidade Repleta de engenhos, fazendas, igrejas, praças e monumentos seculares, ou seja, Vitória é um dos municípios mais ricos em história do estado.

Possuímos relíquias como o “Sobradinho Mourisco”, com arquitetura de influência árabe e o único remanescente da povoação de Santo Antão da Mata. Este monumento serviu de hospedagem à família Imperial de Dom Pedro II e D. Teresa Cristina em 1859. Além deste edifício, temos o Sítio Histórico do Monte das Tabocas, palco da batalha entre os luso-brasileiros e os holandeses, a Estação Ferroviária construída em 1886, entre dezenas de outros patrimônios materiais e imateriais.

Com uma excelente localização, como e que tipo de turismo a cidade de Vitória poderia desenvolver?

O Turismo Rural tem como objetivo valorizar a cultura, o patrimônio, a tradição e tudo o que diz respeito à opulência de uma localidade, utilizando a natureza, a estrutura rural, – sítios, fazendas, granjas, entre outros – os costumes, as histórias de vida, acontecimentos locais e atividades dessas localidades como atrativos. Inserida nesta modalidade, Vitória de Santo Antão agregaria valor às propriedades, às manifestações culturais, aos monumentos, melhorando o desenvolvimento do município bem como da população e inserindo-a diretamente na execução das atividades turísticas visto que o Turismo Rural proporciona o contato direto do turista com a atmosfera rural e local, incentivando-o a praticar os afazeres característicos do campo, tornando o ambiente simples, rústico e suas tarefas campestres atrativos cada vez mais procurados pelos passantes.

A área rural de Vitória de Santo Antão é uma das maiores das cidades do estado, responsável por grande parte do abastecimento de hortaliças de Pernambuco, conhecida como o Cinturão Verde pernambucano. Estudos históricos, culturais, patrimoniais e científicos feitos no município, possibilitaram listar as potencialidades de Turismo Rural que a cidade possui, tendo em vista sua importância para o desenvolvimento da região que o exerce. Este plano visa incluir a cidade de Vitória nos roteiros elaborados pelo Governo para os municípios do estado de Pernambuco, valorizando o patrimônio histórico, cultural e natural da cidade.

Só para constar os atrativos, vamos citar aqui alguns deles para termos noção do quanto a cidade possui e o quão abandonados estão esses monumentos pelas gestões estaduais e municipais:

  • Sítio Histórico do Monte das Tabocas – não é necessário escrever sua importância, na dúvida, visite a página de Jonas Aventura com fotos e a história do local: http://montedastabocas.blogspot.com.br/ ou a página da Prefeitura de Vitória de Santo Antão: http://www.prefeituradavitoria.pe.gov.br/www3/monte-das-tabocas/
  • Os engenhos da cidade, a maioria de pequeno e grande porte, tais como Engenhos Conceição, Bento Velho, Galileia, Cachoeirinha, Arandu de Baixo, Boa Sorte, Taquari, Mocotó, São Caetano, Ronda, Pombal – o maior -, São João Novo, Cachoeira, Limeira, Cajoca, Serra e Pirapama.

Alguns desses engenhos ainda estão em atividade, mas não as características de sua criação, e sim com atividades turísticas, pois estão inseridos na Rota dos Engenhos, criada pelo Governo de Estado. São eles Engenho Bento Velho, Arandu de Baixo, Pirapama, Jardim Ipiranga, Cachoeirinha, Campo Alegre, Oiteirão, São Francisco e Engenho Pitu. Entretanto, esta atividade não é divulgada no município cujo pertencem os engenhos, não proporcionando assim a participação da população local como também não gera nenhuma renda ou reconhecimento para a cidade de Vitória.

  • Monumentos históricos como o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão inaugurado em 1851, o Casario Mourisco do século XVIII – ambos localizados na Rua Imperial -, a Estação Ferroviária construída e inaugurada em 1878, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de 1750, etc.

Existe potencial para o desenvolvimento da cidade de maneira planejada, inserindo a atividade turística como mais uma fonte de renda para população local, a área rural e o reconhecimento pelo estado da cidade de Vitória de Santo Antão como parte fundamental na construção da pátria. Mas é necessário o empenho dos gestores locais na criação de infraestrutura e conscientização da população sobre o valor da própria terra e também por parte da prefeitura na manutenção, preservação e proteção de seus patrimônios. O que não temos visto faz tempo e não podemos permitir é que monumentos como a Praça Leão Coroado (pátio da estação ferroviária), construída como uma homenagem a José de Barros Lima – cognominado Leão Coroado – capitão do exército luso-brasileiro e mártir da Revolução Republicana de 1817 -, se perca em reformas criminosas, destruindo a nossa história e nossos cartões postais desvalorizados. Este seria mais um ponto histórico na lista supracitada, não fosse as mãos de cimento e movidas a “inovações” da atual gestão.

A Secretaria de Turismo municipal “tem por responsabilidade também promover o intercâmbio entre os órgãos e as entidades da administração municipal e a iniciativa privada, visando à articulação e ao fomento das atividades turísticas do município; promover a organização de eventos festivos, feiras de rua, calçadão e outras formas, a fim de estimular o comércio e turismo do município”.

Existe Secretaria ou Secretário de turismo na cidade de Vitória de Santo Antão? O que tem feito para tornar necessário este setor dentro da prefeitura se não vemos ações para promover nossa cidade como merece? Cabe aos eleitores cobrar dos governantes uma atitude que torne Vitória tão rentável e visível no Turismo quanto às cidades de Gravatá, Bezerros, Caruaru e Garanhuns – para não citar as mais distantes. Tão perto da capital e tão longe da valorização merecida.

aposente

Do acerto ao erro

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E não é que a famosa “bola de cristal do #Aposente” acertou mais uma! A maioria dos vereadores, formada pela base do Prefeito Elias Lira, aprovou o veto ao projeto que pretendia restringir a zona azul em praças, igrejas e hospitais. Sete vereadores que foram no mínimo, incoerentes, pois votaram contra um projeto aprovado por eles próprios.

A repercussão diante do assunto perante as redes sociais e mídias na cidade foi tamanha, que até hoje eles estão preocupados com as desculpas a serem apresentadas diante da população. Fala-se na perda de receita, mas se esquiva quando se fala em rever o contrato que concede 91,5% do lucro à empresa e apenas 8,5% ao município. Teve Vereador que chegou ao absurdo de dizer havia pensado melhor e resolveu depois aprovar o veto. Ou seja, um legislador que vota sem pensar, apenas gera altos custos aos cofres públicos!

Depois dessas sessões mais acaloradas, veículos de imprensa resolveram transmiti-las ao vivo. Mais uma oportunidade para a população acompanhar…

Outra polêmica tem sido as provas aplicadas no concurso público da Prefeitura Municipal da Vitória, no último domingo. Não bastasse as alegações de plágio total, nas provas para o cargo de Professor de Educação infantil, várias questões para o cargo de auxiliar administrativo apresentaram respostas totalmente erradas, de acordo com o gabarito preliminar apresentado pela banca examinadora do concurso.

A mais absurda delas foi sobre o processo de industrialização de Vitória, que teve instalada uma fábrica, que funciona desde 2009. Segundo o gabarito, a fábrica é da FIAT! Embora tenha a SADIA(Atual BR FOODS) entre as alternativas.

A confiança no concurso já não era das boas e diante desses fatos, o certame agora fica à sorte dos candidatos que resolverem impetrar recurso para correção do gabarito.

Uma pergunta que sempre é feita aos integrantes do movimento, que seria bastante esclarecer: “Ah, e que vocês fariam no lugar deles?”

Simples! No primeiro, caso, votaríamos contra o veto. No segundo, escolheríamos uma comissão organizadora de concurso mais competente.

aposente

A verdadeira zona está na câmara!

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Costumeiramente, a legislatura atual da casa Diogo de Braga apronta com a própria população que a escolheu. E na questão da zona azul, tudo indica que nossos vereadores irão nos golpear de forma ainda mais escancarada.

Pois bem, contextualizando o leitor, a implantação da zona azul na cidade foi mediante a concessão da prefeitura a uma empresa, de nome Sinalpark, para arrecadar as tarifas de estacionamento no centro da cidade.

O objetivo de uma zona azul é proporcionar um rodízio de estacionamento, ocorrendo, portanto, uma alternativa para moradores e visitantes ao centro da cidade. Uma forma onerosa, porém cômoda de encontrar estacionamento.

Outro objetivo é proporcionar receita para o município, para que o mesmo possa melhorar as vias urbanas e/ou realizar a manutenção das mesmas ou até mesmo aplicar os recursos em outras áreas mais necessitadas.

A questão principal é que o contrato de concessão da prefeitura com a Sinalpark, dispõe que apenas 8,5% da receita liquida da zona azul é repassado ao município, ou seja, 91,5% fica com a Sinalpark.

Na tentativa de amenizar essa situação, os vereadores aprovaram por unanimidade, dois projetos de lei que limitam a zona azul. O primeiro deles, de autoria do Vereador Geraldo Filho, restringia a zona azul no perímetro das escolas do município. O segundo, de autoria do Vereador Edmo Neves, mais extensivo, proibia a zona azul em praças, igrejas e hospitais.

Ocorre que o Prefeito Elias Lira sancionou, transformando em lei, o primeiro projeto. Mas, vetou o segundo.

No processo legislativo, depois de vetado pelo chefe do executivo, o projeto de lei volta ao poder legislativo, que pode derrubá-lo através da votação por maioria absoluta. Havendo a derrubada do veto, pela maioria absoluta, o projeto passa a se tornar lei.

E onde está o problema? Vamos lá! Depois de tomado conhecimento sobre o veto, alguns Vereadores sinalizaram que vão acompanhar o entendimento do Prefeito. E de acordo com a “bola de cristal” do aposente, já famosa por antecipar fatos políticos, o veto tende a ser mantido. Ou seja, os “excelentíssimos” Vereadores irão votar contra um projeto de lei que eles mesmos aprovaram por unanimidade, semanas antes. Um curto tempo para mudança de entendimento assim tão rápida.

No mais, o argumento a ser utilizado será o de perda de receita para o município. Ora, existe perda maior para o município do que celebrar um contrato onde 91,5% do valor líquido fica com uma empresa?

Ah, mas o movimento não esperou nem o fato acontecer para condená-lo? O objetivo do movimento é se antecipar sim aos fatos para esclarecer à população e tentar modificá-los.

Afinal, para quem nossos Vereadores trabalham, para Elias Lira e a Sinalpark ou para o povo que os escolheu?

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MAUS TRATOS CONTRA OS ANIMAIS E VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS

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Uma pessoa que costumava ou costuma agredir animais é violenta também com os seres humanos? Sim. É o que concluiu uma pesquisa realizada pela organização Humane Society of the United States (HSUS), através da análise de 1624 casos de crueldade contra animais, nos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada no ano 2000, mas gera reflexões pertinentes até hoje, quinze anos depois.

Entre todos os casos analisados, 922 envolvem violência intencional e 504 envolvem extrema negligência. Os resultados mostram também que a maioria dos casos de crueldade intencional foram cometidos por jovens do sexo masculino, com idade inferior a 18 anos. Quem são as principais vítimas? Bem, é difícil não se chocar: as principais vítimas são os animais de companhia, com destaque para cães e gatos, que são submetidos intencionalmente a práticas de tortura, como o espancamento. Ou ainda negligenciados, sendo privados dos cuidados básicos como alimentação e assistência veterinária.

Outro fato que merece ser destacado é que grande número de casos de crueldade intencional contra animais, também envolve algum tipo de violência familiar, sendo violência doméstica a mais citada (13%), seguida por abusos contra crianças (7%) e idosos (1%).

Será que a pessoa agride um animal por ele ser “indefeso”, “inferior” ou porque é um indivíduo violento? De acordo com investigações conduzidas pelo FBI, cerca de 80% dos homicidas começam a praticar atos criminosos matando animais. E não demoraram muito em substituir os animais pelos humanos. Assim, podemos concluir que pessoas que praticam maus tratos aos animais, possuem propensão a agir com violência também contra os humanos.

A pesquisa foi realizada nos EUA, em outra cultura, mas será que no Brasil é assim? Um estudo semelhante afirma que sim. De acordo com a dissertação de mestrado defendida em 2013, “Maus-tratos aos animais e violência contra as pessoas – A aplicação da Teoria do Link nas ocorrências da Polícia Militar paulista”, de Marcelo Robis Francisco Nassaro, onde Nassaro analisou 643 registros criminais de pessoas autuadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo por maus-tratos aos animais, no período de 2010 a 2012 e observou que um percentual expressivo deles também possuía outros registros por crimes violentos contra pessoas, indicando uma conexão entre esses delitos.

Nassaro também concluiu que a maioria dos agressores são homens, com média de idade de 43 anos. Os animais mais maltratados foram os domésticos, sendo eles galos, cachorros, gatos, respectivamente, seguindo-se dos silvestres, com destaque para as aves.

De acordo com o então chefe de Operações da Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, capitão Nassaro, “quem maltrata animal é uma ameaça para toda a sociedade”. Segundo ele, adultos que praticam atos de maus tratos aos animais podem apresentar traços mais elevados de violência e insensibilidade, e podem vir a praticar atos violentos no seu ambiente familiar contra pessoas.

Assim, podemos concluir que o abuso contra animais não deve ser ignorado, mas visto como uma manifestação de agressividade que pode evoluir para uma conduta violenta também contra humanos. Dessa forma, se faz urgente a criação de leis que penalizem severamente os maus-tratos contra animais e assim protegeremos também a sociedade.

Fonte:

 http://www.apasfa.org/right.shtml

Dissertação de Mestrado: “Maus-tratos aos animais e violência contra as pessoas – A aplicação da Teoria do Link nas ocorrências da Polícia Militar paulista”

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E ai? Quantos vereadores queremos?

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Esta é uma pergunta que se encontra no ar desde as eleições de 2012. Aqui em Vitória, elegemos 11 vereadores, mas existe a possibilidade de que tenhamos mais vereadores. Este é um debate que precisa ser construído com a população e os políticos da cidade. É importante que se avaliem os prós e contras de elegermos mais do que 11 vereadores. Uns falam em 13, outros em 15 e alguns chegam a falar em 19 vereadores.

Segundo a Emenda constitucional 58/2009 Vitória poderia ter um número máximo de 19 vereadores pois sua população se encaixa na faixa entre 120.000  e 160.000 habitantes.

De acordo com o discurso de alguns vereadores, somos levados a acreditar que teremos 13 ou 15 vereadores eleitos nas próximas eleições. A pergunta que fica é: o que isso acarretaria?

O cidadão mais atento, pensará imediatamente no salário que estes novos vereadores vão ganhar, ou seja, o custo desses novos vereadores. O problema pode parecer grande, mas a princípio não é tanto assim. O salário dos vereadores é pago através de um repasse da prefeitura, vamos ver o que diz a lei:

Se os subsídios dos Vereadores já estiverem em seu conjunto alcançando o limite orçamentário, o limite dos 5% da receita municipal ou aquele dos 70% com folha de pagamento (limites previstos na Constituição Federal) ajustes terão que ser feitos, pois do contrário, problemas de natureza legal poderão atingir a gestão da Casa Legislativa Municipal ou submeter os Vereadores a subsídios em valores indesejados.

O assunto é complicado, Vitória é uma cidade que arrecada cada vez mais, sendo assim, o repasse para a câmara é cada vez maior isso termina por fazer com que a câmara tenha cada vez mais cargos comissionados afim de gastar o dinheiro e poder aumentar o salário dos próprios vereadores. O problema não está em ganhar dinheiro e sim em arrumar uma forma de gastá-lo.

Ou seja, ter 11, 13, 15 ou até 19 vereadores não faria a mínima diferença para os cofres da câmara. O subsídio seria dividido por 11, como hoje, ou por quantos forem os vereadores e ainda aparecerão mais funcionários comissionados.

Aqui podemos tentar olhar por dois lados, o nosso e o dos vereadores.

Primeiro olhando pelo lado dos vereadores. Tendo mais eleitos, a eleição ficaria mais barata, precisariam de menos votos para serem eleitos e consequentemente gastariam e se arriscariam menos na campanha. O salário deles provavelmente continuaria o mesmo ou um pouco maior (diminuir pode parecer, mas não é uma possibilidade real) tendo em vista que a tendência é de que a receita da cidade aumente. Por outro lado, a importância do voto deles diminuiria e a influência de cada um na cidade e em seus bairros seriam bem menos percebidos no caso dos vereadores que atuam pouco. Eles precisariam ser mais empenhados pois estariam disputando com os próprios colegas de câmara. Pensando no lado da corrupção, para o caso de alguém resolver pagar propina, teria que conversar com mais vereadores o que termina por aumentar a possibilidade de insucesso, por contada insatisfação de alguns ou mesmo tornaria o preço da câmara muito alto, pois seriam mais vereadores.

Agora olhemos pelo nosso lado. Teríamos mais representantes, a discussão aumentaria na câmara, mais ideias poderiam surgir e o barateamento da eleição faria com que cada candidato não precisasse arrecadar tanto para recuperar o prejuízo da eleição, ou seja, eles poderiam se preocupar mais com o próprio trabalho. Os bairros teriam ainda mais representação, podendo contar, às vezes, com mais de um vereador eleito pela localidade e também ficaria mais fácil de eleger alguém que não gastasse dinheiro, algum que ganhasse a eleição através de propostas.

Sou levado a acreditar que seria melhor se possuíssemos mais representantes na Casa Diogo de Braga, mas confesso que ainda tenho dúvidas sobre o que isso acarretaria. Uma coisa é certa, alguma coisa iria mudar, e só de mudar já seria muito bom, mas precisamos debater mais sobre o assunto.

Lógico, qualquer mudança fica a cargo da população que tem que se informar cada vez mais afim de votar melhor e cobrar mais e do jeito correto.

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A Insustentabilidade ambiental em Vitória de Santo Antão

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Em meados da década de 70, personalidades que se destacavam mundialmente nas discussões acerca do meio ambiente, política internacional e econômica reuniram-se fundando o Clube de Roma.  Discutindo como executar sobre ações sustentáveis.            A partir daí, surgiu o que viria a ser um novo caminho para a forma de olhar e de administrar recursos, e as instâncias políticas passaram a se preocupar em criar modelos de crescimentos organizados que pudessem ser realizados sem comprometimentos ambientais, econômicos e sociais.  Atualmente o termo que engloba os princípios de crescimento organizado é conhecido como Sustentabilidade.

Trazendo para nossa realidade de gestões municipais do Brasil, podemos observar que boa parte dos gestores não cumpre os limites máximos de utilização de recursos, nem projeta medidas que busquem melhorias ambientais, evidenciando cada dia cenários piores no nosso país.

Em Vitória de Santo Antão não enxergamos ações coniventes com os critérios e conceitos de sustentabilidade. Tais falhas observadas  refletem também a falta de comprometimento das demais esferas governamentais, tanto à nível estadual quanto federal. Seja no cotidiano ou na própria mídia local, as incoerências ocorrem de forma visível a todos, podemos citar alguns problemas: abastecimento de água precário, desvio de rios, construções desordenadas em áreas impróprias, dejetos de esgotos despejados em rios sem nenhum tipo de tratamento, diminuição da área verde urbana acompanhado de cortes de árvores sem justificativas concretas, falta de conservação de prédios históricos (ambiente urbano),  leis que acompanhem o cenário global de construções ecologicamente corretas e ausência de planos de incentivo ao turismo ecológico, são exemplos de ausência de uma gestão municipal eficiente no cenário no quesito ambiental.

Será que a situação em Vitória, encontra-se agravada pela terrível lógica de “gestão política partidária”? Nomeações de cargos sem critérios técnicos, apenas por méritos de campanha, implica em resultados negativos no desenvolvimento de políticas públicas eficientes.

Compartilho o pensamento de Miguel Pereira: ”Não há como não reconhecer a importância do planejamento urbano para permitir que haja uma cidade mais humana, seja numa sociedade que preze pelas relações democráticas e iguais em direitos; ou seja, numa sociedade de relações insustentáveis e profundamente contraditórias. Nelas há que se reconhecer o conflito nas relações sociais, para inicio de negociação dos riscos; e não poderá se transigir da presença dos setores excluídos e organizados no processo de elaboração do planejamento urbano. Essas questões que penso poderão suscitar e aprofundar o debate sobre o futuro das cidades.

Caso não administre de forma coerente o crescimento, buscando visualizar   necessidades futuras de forma coerente e planejada, pois precisaremos de mais recursos, vamos sempre fica lançando a pergunta  “Será que estamos preparados ou podemos imaginar um futuro cada vez pior em Vitória de Santo Antão??

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APOSENTE: PRIMEIRA POSTAGEM

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Poucos amantes do futebol irão esquecer o traumático 08 de julho de 2014: dia em que a seleção brasileira levou 7 gols da Alemanha. O resto do ano foi meio apático e sem cores para quem comenta futebol, pois muitos sabiam que o futuro da seleção pentacampeã era incerto.

Porém, uma coisa era consenso: era preciso modernizar o futebol nacional. Já tínhamos assistido matérias demonstrando como funcionava o treino técnico dos alemães, e todas provavam que o Brasil precisava de uma transformação no esporte. Mas para a infelicidade geral da nação a CBF nomeia Dunga, que embora não seja um mal técnico, não representava a mudança tão esperada.

Embora surpreendente, é um pouco assim que os nossos representantes costumam “resolver” os problemas que ninguém mais suporta: todos desejam mudanças, reclamam, esperneiam; daí os dirigentes nos apresentam as mesmas e velhas soluções.

Podem acreditar, mas isso não foi muito diferente do que aconteceu aqui em Vitória de Santo Antão no ano de 1983. Dr. Ivo, a terceira geração de uma mesma família na prefeitura da cidade, apresentou uma novidade inesquecível para nós: o novo prefeito Elias Lira, comerciante e inexpressivo politicamente até ganhar as eleições por causa de seu padrinho. Desde então, a cidade amarga um ciclo de revezamento que já gira em torno de 50 anos.

É ou não é um sentimento parecido com o  7 x 1 da seleção? É como se depois de uma trágica experiência política e social, a cidade apresentasse o velho novo técnico, Dunga/Elias Lira, que praticamente não mudou em nada a realidade da cidade, apenas dividiu seus eleitores. Pois ainda convivemos com grande parte dos problemas daquela época: precariedade no transporte público, no saneamento, na educação, na saúde, além de corrupção, familismo, clientelismo, coronelismo etc.

Acontece que quando um modelo se esgota, não significa que ele morreu, pois ele pode continuar como um morto-vivo, paralisando a cidade. E é assim que grande parte dos vitorienses se sente: paralisados, pois muitos dos nossos representantes entranham as paredes da prefeitura e da câmara, sem apresentar nenhum tipo de mudança positiva, e teimam em não deixar que outros mais competentes e melhores intencionados possam ocupar o lugar.

O movimento #aposente surgiu dessa ideia: não basta mudar nossos governantes, mas é preciso aposentar velhas práticas, para que elas possam dar espaço para o que é realmente positivo para a sociedade. É por isso que lutamos pela ocupação de espaços para praticarmos as ideias que acreditamos: cautela com financiamento de campanha, ações mais republicanas nos serviços públicos, participação da população no mandato, agenda construída com a população etc. Acreditamos, sobretudo, que é possível desempenhar uma atividade pública eletiva sem recursos exorbitantes. Além do mais, vencer as eleições gastando tão pouco seria para nós e para a cidade uma grande vitória, pois ajudaria a quebrar o paradigma de que para ser vereador, prefeito ou conselheiro tutelar, é necessário comprar votos e gastar mais do que o político irá receber durante o cargo eletivo.

Assim, agradecemos muito o espaço aqui no Blog do Pilako, principalmente em virtude monopólio dos meios de comunicação na nossa cidade, dominado por grupos políticos que ecoam somete a própria voz. Tentaremos utilizar este canal da maneira mais republicana possível e tentando nos situar com as angústias da população.

Um dos integrantes do grupo, que sempre costuma nos inspirar com suas pérolas, certa vez disse: “se os nossos representantes fizessem o trabalho direito, não precisaríamos estar fazendo o que fazemos hoje, pois viveríamos bem em Vitória.” E é esse sentimento que nos move, pois não queremos simplesmente ganhar as eleições, apenas gostaríamos de uma cidade melhor para vivermos.

Grupo Aposente um Vereador Vitoriense