Revivendo o Carnaval: confusão entre rivais resulta na fundação do Clube dos Motoristas

O carnaval em Vitória chegou ao seu apogeu na primeira parte do século XX, onde foram criados diversos tipos de agremiações que faziam a população festejar com muita alegria. Dentre elas, os Clubes de Fados e os Clubes de Manobras. Estes últimos, com inúmeros fãs, realizando grandes desfiles e bailes, principalmente o “Abanadores”, posteriormente batizado como “O Leão” pelo poeta Teopompo Moreira, e o “Vassouras”, conhecido como “O Camelo”.

Segundo o professor José Aragão, no seu livro História da Vitória de Santo Antão, volume III, foi em uma dessas grandiosas apresentações que tudo começou. O “Vassouras’’ vinha do bairro do Livramento e da Matriz saia o “Abanadores”, fazendo os rivais se chocarem durante o percurso, levando as autoridades, quando necessário,  ordenarem o recolhimento às suas sedes, prevendo piores conseqüências. Posteriormente, pensando em evitar tais interrupções, vários foliões reuniram-se para fundar uma nova agremiação, formada em sua maioria por motoristas,  como afirmou o jornalista João Álvares:

“O Clube dos Motoristas da Vitória de Santo Antão foi fundado no mês de março do ano de 1949, idealizado por um grupo de motoristas e pessoas ligadas ao ramo automobilístico que desejavam construir um clube para proporcionar lazer para os profissionais do volante, bem como cultivar solidariedade e o espírito de disciplina e cooperação nas relações humanas”.

Foi assim que surgiu o “Clube dos Motoristas”, em reunião realizada em 04 de março de 1949, pelos seus fundadores: “Valdemar Lino Chaves (1º presidente), Alfredo Francisco de Oliveira, João Vicente de Freitas, Sebastião Ferreira do Nascimento, Joaquim Francisco Damásio, Pedro Ferreira Guimarães, Abiatar Ferreira Chaves, Manoel José de Souza e Sebastião Pinheiro de Souza”, além da presença de mais de 80 pessoas.

No ano seguinte, em 1950, estreava-se pelas ruas da cidade, já com muita alegria, que ao longo dos anos foi atraindo muito mais foliões.

Vamos comemorar: 3.000 vídeo sobre Vitória e/ou os vitorienses postados no canal do youtube.

Uma marca alcançada que deve ser considerada e festejada. Chegamos ao vídeo de número 3.000 no nosso canal de youtube. Ao longo desses quase sete anos e meio do Blog do Pilako (no ar) é como se todos os dias, ao longo desse tempo, tivéssemos postado um vídeo todo santo dia (média 1,1/dia).

Ressaltemos, porém, que todo esse material é original. Em se tratando da nossa Vitória de Santo Antão registramos de tudo um pouco. Do carnaval aos festejos religiosos. Dos discursos nas solenidades históricas aos papos informais,  ocorridos nos bares da vida. Dos acontecimentos do cotidiano da cidade às cenas inusitadas. Registramos também depoimentos de pessoas que marcaram época na Vitória e outros papos frívolos, eivados besteirol. Nesses três mil vídeos gravados e postados no youtube, efetivamente,  fica um pouco da história dos antonenses que já fizeram a viagem sem volta e dos que ainda estão a cominho.

E o que é melhor: todo esse material – de minha propriedade sob todos os pontos de vista – esteve e se manterá disponível, gratuitamente, para todas as pessoas da nossa cidade e também aos chamados “cidadãos planetários”, espalhados pelos cinco continentes da terra. Não posso afirmar, mas acho que sou o antonense que mais tem vídeos postados no  youtube.

Sem sobra de duvida uma construção positiva. Um legado que deixarei aos meus conterrâneos. Enxergo perfeitamente o tamanho da importância desse material para as gerações vindouras, sobretudos aos se debruçarão, mais adiante, ao estudo sociológico e antropológico do nosso “Condado”, desbravado pelo português Diogo de Braga.

Nesse conjunto (vídeos), no que se refere ao interesse dos internautas – que se mede em quantidade de visualizações – temos números curiosos. Em apenas um só vídeo temos quase meio milhão de visualização. Em tantos outros,  números variados, mas, independente de qualquer coisa, certamente,  o registro, num futuro breve ou longo,  será objeto de apreciação. Portanto, agradeço a todos aqueles que me ajudaram nessa rica empreitada, na qual “congelamos” um pouco do tempo pretérito na tentativa do enfrentamento ao senhor de todos os senhores………..O TEMPO!!

 

É uma brasa… mora?

Este artigo é um pequeno tributo que presto á dois amigos. “… vocês meus amigos de fé meus irmãos camaradas…” Moisés e Tadeu.

Decorria a década de 1960, e o Brasil vivia a efervescência da Jovem Guarda. “…belas tardes de domingo…” aquela juventude vitoriense, não poderia ficar de fora da “doce loucura” que nos contagiava.

Botas de salto alto; calça boca de sino; pulseira e anel de alumínio com a figura do calhambeque impresso; cabelos longos e repartidos ao meio; chicle bola; torrone; caramelo de gasosa; drops ducora; mini saia; decotes ousados; perfume de cashemere bouquet no ar; corpete justo ao busto; crush; fratelli vita; grapete; coca cola; cuba libre… matinês; cine iracema… Sr. Luiz Boaventura (proprietário do cinema) – um verdadeiro gentleman -; durang kid; zorro; tarzan; jim das selvas; garrincha: a alegria do povo… eu era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones e, ainda não entendia porque os mocinhos nos filmes de faroeste tinham que matar os índios?

Foi nessa época da televisão em preto e branco – telefunken – (coisa rara em Vitória de Santo Antão) que conheci Moisés e Tadeu – dois verdadeiros dinossauros da Praça da Matriz. Jogos de dois toques no coreto da praça; alegres conversas sobre as matinês; sobre os monkey; futebol (praça futebol clube); carnaval… sinto-me um cara privilegiado. Eis aí o verdadeiro sentido da vida: ter amigos verdadeiramente amigos.

Estamos sempre nos encontrando na Praça da Matriz, vez por outra. Moisés, perdeu boa parcela dos cabelos jovemguardianos. Mas, continua o mesmo romântico de sempre. “…quando eu estou aqui, eu sinto esse momento lindo…” Tadeu, sempre inteligente com as palavras, permanece o mesmo. Ou seja, em seu amor filial “…lady laura, me leve prá casa, lady laura. Me conte uma história, lady laura…”.

Bem… agora que fiz revivescer nossas saudades, lembro que em nossos encontros, vocês sempre me perguntam: como vai a vida? Agora, posso lhes responder: a vida… a vida é uma brasa, mora?

Abraços fraternais,

Do seu amigo de fé seu irmão camarada.

Aliomar de Vasconcelos – Professor e Escritor vitoriense.

Curiosidades Vitorienses: Código de Posturas (1897)

Dando continuidade a coluna de curiosidades vitorienses, publicaremos trechos do CÓDIGO DE POSTURAS do município da Vitória, datado de 1897. Os trechos foram retirados do volume 07 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, editada em 1977. São muitas curiosidades que valem a pena serem disponibilizadas pelo blog.

Saiba o motivo pelo qual chamamos a Travessa Capitão Fagundes por “Beco do Cornélio”.

Como toda cidade do interior nossa Vitória de Santo Antão também  guarda muitas histórias e peculiaridades. Entre outras a rua do centro comercial de nossa cidade batizada oficialmente por  Trav. Capitão Fagundes é mais conhecida por  “Beco do Cornélio”. Através do amigo Cornélio, proprietário da empresa Palmeira Móveis,  que funciona no mesmo endereço há mais de 80 anos,  iremos entender  o motivo pelo qual chamamos a referida via pública por “BECO DO CORNÉLIO”. Veja o vídeo:

Curiosidades Musicais: Dalto – por Léo dos Monges

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Dalto Roberto Medeiros – Dalto – nasceu em Niterói (RJ), em 22 de junho de 1949.

Começou sua carreira na década de 1970, como vocalista do grupo Os Lobos, chegando a gravar um compacto Fanny pela gravadora Top Tape. Pouco tempo depois deixou o grupo para estudar medicina, formando-se em 1974. Daí começa sua carreira solo gravando um compacto simples pela gravadora Odeon. Mas o sucesso chegou mesmo para Dalto nos anos 80, com a composição Bem-te-vi, em parceria com Claudio Rabello, dois anos depois já como intérprete obteve seu maior sucesso com a canção “Muito Estranho” que vendeu mais de um milhão de cópias, colocando Dalto ao topo das paradas.

No mesmo ano compôs Leão Ferido, em parceria com Byafra, que a interpretou.

Depois mais um grande sucesso com a canção Anjo, também em parceria com Cláudio Rabello gravada pelo grupo Roupa Nova.

Compôs Faça Um Pedido para a Trilha Sonora da novela Viver a Vida.

Em 1974, Dalto gravou o álbum Guru com participação especial da Cantora Marina, ganhando o premio Sharp daquele ano.

Compôs várias canções, entre elas estão: Bem-te-vi, Muito Estranho, Espelhos D’água, Anjo, O Guru, Faça um Pedido…

MUITO ESTRANHO

Hum! Mas se um dia eu chegar
Muito estranho
Deixa essa água no corpo
Lembrar nosso banho
Hum! Mas se um dia eu chegar
Muito louco
Deixa essa noite saber que um dia
Foi pouco

Cuida bem de mim
Então misture tudo dentro de nós
Porque ninguém vai dormir nosso sonho

Hum! Minha cara, pra que tantos planos?
Se quero te amar e te amar
E te amar muitos anos
Hum ! Tantas vezes eu quis
Ficar solto
Como se fosse uma lua
A brincar no teu rosto

Cuida bem de mim
Então misture tudo dentro de nós
Porque ninguém vai dormir nosso sonho

leo

 

Leo dos Monges

Botão RSB

Curiosidades Musicais: EDULOBO

edulobo

Eduardo de Góes Lobo (Edu Lobo), nasceu no Rio de Janeiro, 29 de Agosto de 1943. Filho do compositor Fernando Lobo e Maria do Carmo Lobo.

Iniciou sua carreira nos anos 60.

Edu sonhava em ser jogador de futebol.

– Eu jogava muito futebol, chegava a pensar em ser jogador profissional. Houve e há muitos Edus no futebol brasileiro. No Palmeira, no Santos, no América. Também no time da Rua Barrão de Ipanema havia Edu. Nascido em 29 de agosto de 1943. Corria pensando crescer Edu do Flamengo, do Vasco, ou até mesmo do Madureira, quem sabe. Talvez o Edu do Santa Cruz, do Náutico.

– O futuro em Pernambuco, já que o Rio “civilizava-se”, emparedando em cimento sua juventude. Quieto, bem comportado, Edu passava o ano letivo como bom aluno, fazendo por merecer as férias: quatro meses em Recife, na casa dos tios.

– Recife era um negocio completamente diferente, aqueles campos, aquelas frutas e as aventuras de moleque. Era mais fácil ser moleque no Recife que no Rio.

Edu estudou acordeão dos 8 aos 14 anos, em 1950 começou a tocar violão contra a vontade do pai, que associava o instrumento a boêmia. Mas Edu era um rapaz ajuizado e tocava muito bem violão. Uma vez tomada a decisão, seu pai Fernando Lobo, muito bem relacionado no mundo artístico, passou a levar Edu para show e outras apresentações. Aos 19 anos, ele grava na Copacabana seu primeiro disco, um compacto duplo. Edu se lembra de três das músicas: Balancinho, Sofri Amor e Amor de Ilusão. Mas o rapaz não se dedicava aos sambas-canções, sua geração estava comprometida com um movimento musical, a Bossa Nova, de cujas reuniões e festas Edu era assíduo frequentador. Das conversas nos intervalos musicais veio um contrato com Vinicius de Moraes, que colocou letra em sua primeira música em 1962 (Só me fez bem).

Em 1969, Edu casou-se com a musicista Wanda Sá, com quem teve três filhos: Mariana, Bernardo e Isabel. Separou-se dela 13 anos depois em 1982.

O disco Meia-Noite recebeu o prêmio Sharp de melhor disco de música popular brasileira do ano de 1995. O disco Cambaio, gravado com Chico Buarque, recebeu o Grammy Latino de melhor álbum de MPB em 2002.

Em 2004, Edu teve hemorragia intracraniana em decorrência de um aneurisma cerebral e precisou ser operado às pressas, mas a operação foi bem sucedida e recuperou-se rápido.

Autor de várias composições como: Ponteio, Upa Neguinho, Arrastão, O Circo Místico, Choro Bandido, Pra dizer Adeus, Aleluia, Lero Lero e entre outras.

Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, em 1965. Foi organizado em São Paulo o I Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Excelsior. Edu venceu com Arrastão, defendida pela então novata Elis Regina. Pouco depois foi lançada a gravação ao vivo em disco e um registro feito meses antes pelo próprio Edu ( LP Elenco ME-19). A promoção criada pelo festival consagrou Edu Lobo e lançou Elis Regina como uma das mais expressivas interpretes da MPB.

Ponteio (Edu Lobo e Capinam), com Edu Lobo e Marília Medalha. Foi a música vencedora do III Festival realizado pela Record em São Paulo em 1967. A composição recebeu inúmeras críticas, pois não era um verdadeiro Ponteio. Edu e Capinam misturaram elementos de galope e sururu, fazendo uma elaboração de música nordestina e do sudeste brasileiro.

Upa, Neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieiri), com eles Regina. Do compacto simples, gravado em 20 de maio de 1966. Uma das músicas incluídas em Arena conta Zumbi, peça de Guarnieri e Edu, apresentam em 1965 no teatro de arena de São Paulo. Interpretada na peça por Marília Medalha, foi levada a disco por Elis Regina, já considerada na época uma das grandes cantoras nacionais.

No cordão da saideira (Edu Lobo), com MPB4. Composição incluída no LP de estreia do conjunto MPB4, No cordão da saideira foi uma das experiências de Edu com a música pernambucana (aliás, parte de sua formação cultural). A composição não alcançou o êxito de outras criações de Edu, mas revelou a capacidade interpretativa dos integrantes do MPB4. Além disso, numa época em que ritmos nordestinos estavam esquecidos, relembrou ao sul a beleza e o calor de um frevo.

Upa, Neguinho (Elis Regina)

Upa neguinho na estrada
Upa pra lá e pra cá
Vigi que coisa mais linda
Upa neguinho começando a andar
Upa neguinho na estrada
Upa pra lá e pra cá
Vigi que coisa mais linda
Upa neguinho começando a andar
Começando a andar, começando a andar
E já começa a apanhar

Cresce neguinho me abraça
Cresce me ensina a cantar
Eu vim de tanta desgraça mas muito eu te posso ensinar

Capoeira, posso ensinar
Ziquizira, posso tirar
Valentia, posso emprestar
Liberdade só posso esperar

leo

 

Leo dos Monges

Botão RSB

Saiba porquê o chamamos de Beco do Cornélio

Como toda cidade do interior, nossa Vitória de Santo Antão, guarda muitas história e peculiaridades. Pois bem, uma rua do centro comercial de nossa cidade, Trav. Capitão Fagundes, mais conhecida com Beco do Cornélio, é uma, entre tantas que guarda boas curiosidades. Descubra aqui, o motivo pelo qual chamamos a referida rua de BECO DO CORNÉLIO. Veja o vídeo:

Apelidos Vitorienses: Josimar Cavalcanti da Silva – O BATFINO

Dentro do nosso propósito de “viver e reviver” nossa cidade nos seus mais diversos aspectos, realçado no seu cotidiano, estamos trazendo mais um “personagem” da coluna Apelidos Vitorienses. Hoje iremos narrar a história, do senhor Josimar Cavalcanti da Silva que virou o popular  BATFINO.

O nosso amigo Josimar, conhecido de todos, é realmente uma figura muito popular. Quando chegamos ao  balcão da loja em que trabalha (Patrícia Eletro) sempre atende a todos  com a maior simpatia e presteza, podemos dizer que é um cara que sempre gosta de buscar   a melhor solução para o cliente.

Contou-nos o amigo Josimar que lá pelo início da década de 80 (81-82) começou a jogar handebol pela Escola Dias Cardoso na posição de ala esquerda, como tinha mania de prender a bola, o seu técnico, o amigo Pirrita ficava bastante irritado com a atitude de Josimar.

Em um desses momentos de irritação, Pirrita identificou nele  (Josimar) aparência com o famoso desenho animado da época, conhecido como Batfino e Karatê, onde fazia alusão a um invocado morcego magricelo com orelhas grandes.

Sendo assim, depois que o técnico Pirrita ficou chamando-o de BATFINO os colegas do time, e depois todos os conhecidos do colégio, acompanharam-no, sendo inclusive  questionado na época pela sua mãe, que não gostou do apelido, mesmo reconhecendo que ele era parecido com o personagem. O curioso, é que hoje é a própria mãe a primeira a chamar Josimar de Batfino.

Portanto, esse amigo de todos nós, o senhor Josimar, ou melhor, Batfino, que está sempre presente nas rodas de bate-papo nas praças e nos bares, como também no carnaval “montado” na sua tradicional burrinha que entrou para história da cidade, como sendo um cara que ficou mais conhecido pelo apelido de que pelo próprio nome.

Nova coluna: “Apelidos Vitorienses”

Conforme matéria de ontem (04), onde narrei uma divertida conversa com amigos, na Praça da Matriz, onde o assunto central girou em tornos dos apelidos colocados em conhecidos vitorienses, muitos deles mais conhecidos pelo apelido do que pelo próprio nome, que de maneira inusitada surgiu a ideia de tratar dessas curiosidades aqui pelo blog, já que temos como objetivo escrever apenas as coisas da nossa terra, como se fosse um Diário eletrônico local, das Terras das Tabocas, venho revelar, em primeiro lugar,  a origem do meu apelido.

Muito bem, sendo eu o mais novo de dez filhos, portanto “saco de pancada” dos irmãos mais velhos, certa vez, acompanhei papai à cidade de ARAPIRACA em uma de suas viagens a negócio pelas bandas de lá.

Acredito, não me lembro de detalhes, por ter sido um dia diferente para uma criança, como por exemplo, passear de carro, almoçar em restaurante e conhecer vários lugares o momento foi marcante, sendo assim sempre cobrava a papai outra viagem daquela.

Dentro dessa “reivindicação” de uma nova viagem, papai, como também os meus irmão mais velhos ficavam mandando que eu repetisse o nome da cidade, imaginem  a “tortura” para uma criança ser obrigada a dizer uma palavra que não sabe pronunciar, para só assim ter seu pedido atendido. É bom lembrar que o nome da cidade era ARAPIRACA.

Para uma criança que mal sabia falar as coisas do seu universo, repetir a palavra ARAPIRACA era realmente muito difícil, contudo o esforço era grande. As palavras mais escutadas da minha boca, para muitas risadas de todos, durante um bom tempo eram: PILAKA- PILAKO- PIRAKA-  e por ai vai. Sendo assim, o apelido Pilako, colocados pelos meus irmãos em mim  ficou mais “famoso” de que o  próprio nome: Cristiano de Melo Vasconcelos Barros – (Cristiano Pilako).