Infelizmente temos muitas “Xuxas” na vida

Hoje em excepcional trago um assunto que chamou a atenção da sociedade como um todo, na noite do último domingo a apresentadora Xuxa em entrevista para o Fantástico admitiu ter sido vitima de pedófilo na infância e iní­cio da adolescência, em um relato corajoso que chama a atenção coletiva para pais e responsáveis de crianças e adolescentes. Uma criança que tenha vivido algum tipo de violência psicológica possivelmente encontrará no futuro alguma dificuldade de relacionamento, e quando essa violência acontece no contexto da sexualidade os conflitos são ainda severos e traumáticos.

Um adulto com sentimentos de culpabilidade, confusões e desorganizações emocionais são sinais de algumas pendências estruturais na personalidade. Não necessariamente quem sofreu algum abuso na infância ou adolescência passará por situações relatadas pela apresentadora Xuxa, o abuso é sentido subjetivamente, ou seja, cada pessoa vivencia, interpreta a situação de maneira diferenciada, mas certamente algum conflito se instala.

Então fica a pergunta: O que os pais ou responsáveis pela educação e segurança de uma criança ou adolescentes podem fazer para que esta situação seja evitada? Inicialmente conversar com a criança passando confiança e cumplicidade é o primeiro passo para crimes como estes não aconteçam, ter o cuidado e infelizmente, não acreditar em tudo que professores, padrinhos, vizinhos falem ou apresente. Está atento ao comportamento da criança ou adolescente como situações de isolamento, mesmo que discreto, torna-se uma percepção extremamente importante para evitar a continuidade destes criminosos.

Costumo dizer que uma criança que passa por abuso na infância é o mesmo que passar por uma mutilação sem anestesia, sem anestesia por ser retirada de maneira abrupta parte da alma de uma criança, que nada sabe sobre sexo e sexualidade, são atitudes que deixam sequelas emocionais enormes, ocupando toda a estrutura psíquica de uma pessoa. Não por acaso o depoimento corajoso da apresentadora Xuxa, que é sí­mbolo de combate ao abuso de menores, inclusive hoje sendo convidada pelo senador Magno Malta para falar da instalação da subcomissão de abusos contra crianças, da Comissão de Direitos Humanos.

Sexta-feira nos encontramos.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Para que serve o Psicólogo?

Estava com bastante tempo que tinha escutado a seguinte frase: “Para o Psicólogo só vai quem não é ‘bom’ da cabeça, psicólogo só para “doido”. Bem, é um ditado popular que em nada contribui socialmente. E falando em contribuição passo expor aqui o que faz um psicólogo clínico e quem o procura.

A Psicologia é uma ciência e profissão que inclusive dia 26 de agosto estará completando cinquenta anos aqui no Brasil. O psicólogo compreende as emoções e sentimentos humanos, atuando na mente do individuo, organizando os desejos e instintos, desvendando conflitos nas relações consigo mesmo, com isto refletindo no outro. A psicologia é o estudo da alma. Agora, mais que estudar a alma humana o psicólogo precisa sentir, entregar-se para aquela pessoa que o procurou, aceitar viver com seu cliente todas as inquietações e dificuldades que o incomodam, é cuidar da saúde mental e emocional do outro.

Vivemos expostos a diversos fatores estressantes no dia-dia, como desentendimentos e conflitos consigo mesmo e com familiares, amigos e/ou no trabalho que por muitas vezes são causadores de alguma alteração de ordem fí­sica, como por exemplo, dor nos ombros entre outros, mas muitas vezes advinda por fatores psicológicos. Procurar amadurecimento emocional num espaço onde encontra condições adequadas para suas realizações, buscando caminhos para aprimoramento favoráveis na vida pessoal e social são ações vividas no consultório de psicologia, com isto podemos observar que nenhuma relação acontece com a frase usada no iní­cio deste texto, e o que parece tão ameaçador (psicólogo), mas ao mesmo tempo tão atraente, nos leva a pensar que a frase popularmente conhecida é a maneira de dizer: “Psicólogo é para quem pensa, na vida”.

Até próxima sexta.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Música e Psicologia

Música: arte e ciência de combinar os sons de modo agradável aos ouvidos, isto para o dicionário Aurélio, enquanto no Houaiss encontramos (…) combinações de sons de forma harmoniosa, partitura, (…) sequência de sons agradáveis. Mas realmente seria só isso? Música seria “apenas” combinações de sons? Observando pelo olhar da psicologia, basta estarmos num ambiente com música para que sua influência se incline para nós, como aspectos positivos assim como negativos sobre os processos intelectuais do sujeito.

O filósofo Platão diz que a educação musical é a mais poderosa na construção do sujeito, porque permite introduzir na alma da criança, deste a mais tenra infância, a virtude. A pessoa bem educada musicalmente mais facilmente percebe harmonias, sensibilidades e belezas invisíveis. E como seria está bem educado musicalmente? Platão coloca que músicas com vícios, repetições, baixezas,ações indignas e que denote mesmo que indiretamente crueldade ou promiscuidade classificaria como depravação moral.

Sintetizando: músicas são harmonias que penetram na alma, de tão sublimes não podemos visualizá-la, a música nos transporta para elevadas esferas de mundos sureais e morais. A música superior é aquela que lhe faz pensar, lhe transporta realmente para outro universo, aquela música não repetitiva. Estamos a mercê de alienações musicais, mas vale lembrar que temos um cardápio de bons gostos para educar nossa mentalidade, nossa maneira de pensar de sentir.

Até próxima sexta-feira

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Bullying: uma violência psicológica

Pegando carona em nosso último texto, vamos continuar o tema relacionado é  violência contra crianças, mas desta vez focando em outro adulto o professor, mais especificamente sobre o Bullying, nomenclatura desenvolvida há uma década para designar comportamentos agressivos e repetitivos de alguém para com outra pessoa sempre com finalidade ofensiva. O Bullying é bastante relacionado ao espaço da escola, mas ocorre também no ambiente de trabalho, através da internet e pelo celular, sendo este comportamento quando usado no trabalho conhecido por assédio moral. O Bullying é encontrado entre crianças assim como de aluno para com o professor, mas o que vamos evidenciar hoje é do educador para o educando.

Ofensas verbais, exclusões ou humilhações comportamentos que infelizmente são comuns nas escolas torna-se ainda mais grave quando surge do professor. Realmente é difí­cil encarar uma sala lotada de crianças entre três e cinco anos, muitas vezes com uma carência enorme na estrutura da sala de aula, com isto falta paciência e o professor se expõe a um despreparo na prática de educar. O que venho recebendo na clínica com bastante frequência são crianças com certo “trauma de escola” e os pais apontando como preguiça da criança ou que o filho não é inteligente, muitas vezes a causa vem por razões diversas e muitas vezes relacionadas à dinâmica professor-aluno.

No final desse texto coloco um ví­deo que encontrei com facilidade na internet, trata-se de uma situação que ocorreu com crianças onde as professoras e consequentemente as ajudantes ou assistentes de sala praticam esse ato. Para os pais e responsáveis pela saúde e educação de uma criança podem está se perguntando: “como podemos saber se uma crianças está sofrendo Bullying na escola, seja pela professora ou coleguinha da turma”? Um dos pontos bastante importante é sempre ouvir a criança com atenção, observando as ações e atitudes dela como, pedindo para mudar de sala, quando o rendimento escolar entra em queda, surge diarreias, pesadelos, insônias, assim como dificuldades de brincar com outras crianças ou/e não apresentar carinho com o professor.

Converse com o professor da sua criança a respeito deste assunto, é um tema real e precisa ser discutido, abra espaço para o educador falar sobre o assunto, a possível auto-reflexão pode ser um bom caminho para evitar a continuidade deste comportamento imaturo.

Vídeo de 0:08 segundo do YouTube: Professora pratica Bullying

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Para educar é preciso bater?

Para esta semana trago um tema que chamou minha atenção, infelizmente é um caso bastante comum, mas prendeu minha curiosidade por algumas razões, das quais estarei comentando no decorrer do texto, falo do caso no Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande onde um pai espanca a filha de aproximadamente nove anos por razões que poderíamos não comentar, mas o caso é apresentado desta maneira então vamos “acreditar” que foi por causa do Imã da geladeira que a criança recebeu o espancamento.

Será mesmo que foi por causa do Imã? E se fosse, bater educa? Vamos observar pela “Teoria da Palmada”, ou seja, pessoas grandes batem para “educar”, acreditam que apenas desta maneira chegam ao que pretendem. Não conseguem no dialogo apresentar para a criança o que desejam, é uma impotência enorme, uma carência gritante de falta de controle e respeito para com a criança, e apenas na força bruta e causando medo encontram o modelo considerado ideal para educação.

Já ouvi diversas vezes a frase: “Meus filhos não escutam o que falo, só vai à base da palmada” Me pergunto: Até onde estas crianças escutaram Nãos, até onde o dialogo olho no olho existe neste contexto familiar, onde só encontra um caminho para educar, o conhecido na base da “Piza”. O adulto responsável pela criança serelepe, vai precisar de um “tempero especial”, ou seja, certa sensibilidade para saber entender o mundo infantil, a criança que retirou o Imã da geladeira poderia ter realizado aquele comportamento para chamar a atenção do pai, e de repente foi mal entendida.

E esta insensibilidade do pai que espanca a filha e não consegue dialogar? O que realmente o levou a tal comportamento? O que na vida adulta acontece de maneira diferente da vida de uma criança? Provavelmente um pai ou mãe ou madrasta ou professor, qualquer educador que não conseguir chegar, entender o mundo infantil canaliza suas atitudes para o comportamento físico, agressivo será na base primitiva (pancada), que encontram o modelo que acredita ser apropriado para educar. Espancar jamais dará apreço algum. Você tem medo, terror, menos respeito.

Até próxima sexta-feira.

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

O Tamanho da Relação Sexual

O cérebro é um órgão muito importante na relação sexual, é ele quem estimula o sentimento de prazer. A relação vai ficar mais intensa, dependendo de como o sujeito trabalha e sente suas emoções. Falar de relação sexual é quase que falar de amor, porque muitas vezes a relação é vista como troca de amor, um sentimento complexo e com variedades de significados. – como diz um amigo meu “Amor é uma evolução do homem, ele se constrói, vive e luta pela vontade de amar”. Portanto amor é um sentimento que o ser humano não pode deixar esmorecer.

Você pode está se perguntando: Qual o sentido de tudo isso? – simples. Lembrei-me daquele ditado popular: “Sexo com camisinha é como chupar bala com a embalagem”. Por quê? O preservativo é utilizado em apenas alguns sentimentos, o que faz todo o restante do corpo como a nuca, mãos, orelhas, pernas, boca entre outras? Bem estão nus e disponíveis não tem nada embalado. Para a relação, não existe uma receita, o desejo está presente de diversas maneiras. O ser humano encontra nestas formas de se manifestar aos poucos, observando cada movimento e ações que lhe dá o prazer.

Não discordo que o homem é mais visão, dominação e sente enorme prazer com o coito em si, deixando de lado algo considerável, como o toque, o cheiro, as caricias, mas todos os demais centímetros não cobertos pelo látex (preservativo), estão ali para serem explorados. A relação sexual não tem tamanho, inicia-se na fantasia, é vivenciada na prática e sentida com prazer.

Até a próxima sexta-feira

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

O que causa a Depressão?

Até o momento a causa exata da depressão permanece desconhecida, não se tem um fator causador do desequilíbrio bioquímico e emocional no sujeito em situações depressivas, podemos dizer mesmo que a grosso modo, encontramos pessoas com mais tendência ou inclinação a desenvolver um quadro depressivo

Não vamos direcionar a determinadas pessoas no estado de depressão, ou justificar que o pessimismo e a importância do sujeito frente à vida estão motivadas por perdas como: divórcios, morte de ente querido, dificuldades financeiras e no emprego, doenças como câncer entre outras, mas são as causas mais frequentes da depressão encontradas hoje no espaço clínico.

Sabemos também que o álcool em excesso assim como qualquer outros tipos de drogas são fatores agravantes para o sujeito com disposições a depressão. Outro fator importante é a pré-disposição genética, parentes que tenham ou estejam passando por depressão, mesmo não sendo determinista, mas são agentes causadores de novos depressivos. E mais, esta predisposição genética aguça no “novo” depressivo uma configuração grave, ou seja, é o sujeito motivado para sofrer, insônias e angustias sempre quando acorda pela manhã, vindo a sutis melhoras apenas no final do dia.

Em mulheres nos deparamos com a depressão pós-parto e temos consciência que são elas quem mais sofrem de depressão e ansiedade numa dimensão estratosférica de um homem depressivo para tais mulheres com os mesmos sintomas. Nos idosos as causas mais frequentes dar-se pós diagnostico de doenças como câncer, Parkinson entre outras. Em crianças a depressão ocorre de uma maneira bastante delicada, podemos exprimir que seria quando a criança não consegue realizar determinadas situações ou atividades.

Próxima sexta-feira: Qual a relação entre felicidade, ano eleitoral, dinheiro e suicídio?

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Depressão e Sociedade por que não combinam?

A partir de hoje todas as sextas-feiras estarei apresentando textos com a finalidade de trazer a psicologia do mundo atual para a coluna: Dialogando Psicologia, sintam-se a vontade.

Depressão e Sociedade por que não combinam?

Depois de pensar bastante qual seria o tema para o primeiro “post” me vem a pergunta: Qual situação hoje mais circunda no espaço clinico em psicoterapia? E obtive rápida resposta, quando observo os quadros e sintomas dos quais me envolvo, faço notar que a depressão seja dos niíveis leves ao grave, preocupa pela sua desestrutura causada no ser humano, sentir-se sem significado para a vida, sem valor como pessoa são sentimentos e sensações possíveis de causas para impactos sociais, ou seja, homem e sociedade em desentendimentos constantes, até porque é bastante comum escutar como “ajuda” de um parente ou amigo a frase:”Tira este pensamento da cabeça que passa”. Não sabe o amigo ou parente como está contribuindo para uma maior disposição para o sofrimento e angustia do sujeito que se encontra na depressão.

Pensar na possibilidade de jamais conseguir ultrapassar os conflitos, desejos e sentimentos vividos no momento e que vão se instalar e durar para sempre, inquieta e deixa em desespero o individuo que se encontra na depressão. Uma coisa é você sentir-se triste por alguma situação, outra coisa é sentir-se impotente com uma valorização enorme para com os sentimentos de culpa e tudo isto interferindo na vida social e não vendo solução, em alguns casos a pessoa até encontra uma “solução” quando canalizam os pensamentos para atitudes de suicídio, pensamentos estes desvirtuado da realidade.

O que causa a Depressão? Esta é a pergunta para nosso próximo texto. Até Sexta-Feira.

Cleiton Nascimento
Email: cleitonnascimento@blogdopilako.com.br

Blog ganha novo colunista: Cleiton Nascimento falará sobre psicologia

Alegre é a palavra ideal a ser colocada neste momento, a razão? O convite para escrever e a satisfação de conversar sobre o que mais gosto e sei fazer: Psicologia. Semanalmente estarei postando textos com a finalidade de dialogar sobre o espaço da psicologia no mundo atual, apresentando de maneira clara a ciência que estuda o comportamento humano, digo mais: a ciência que sente o ser humano em suas complexidades. Todos os finais de semana sintam-se convidados para Dialogando Psicologia, seja através de comentários, e-mail, pessoalmente… obtendo como ponto de partida o Blog do Pilako.

Cleiton Nascimento
CRP 02.14558 

O nosso novo colunista é formado em Psicologia Clínica pela Estácio, do Recife. Atende em Vitória nas clínicas Santa Rosa (3523-1528) e na Unisaúde (3526-3074) e em Recife no Empresarial do Príncipe, na Boa Vista (8840-0629).