A manchete desta matéria foi colocada, no bom sentido da palavra, de maneira provocativa, claro. Hoje, dia 29 de novembro de 2013, quando um novo centro de compras, o Vitória Park Shopping, abriu suas portas ao público, a esmagadora maioria das pessoas, quase sua totalidade, imaginou estar entrando no primeiro shopping Center da cidade da Vitória de Santo Antão.
Certamente, o internauta ao ler estas poucas linhas, deve está se perguntando: “Pilako agora endoidou foi?”
Não só reafirmo o que disse como também, nas próximas linhas, irei provar o que falei.
A rigor, o que significa Shopping Center?
Diz a enciclopédia digital Wikipédia:
“Shopping center ou centro comercial é uma estrutura que contém estabelecimentos comerciais como lojas, lanchonetes, restaurantes, salas de cinema, playground e estacionamento, caracterizado pelo seu fechamento em relação à cidade. É um espaço planejado sob uma administração centralizada, composto de lojas destinadas à exploração comercial e à prestação de serviços, sujeitas a normas contratuais padronizadas, para manter o equilíbrio da oferta e da funcionalidade, procurando assegurar convivência integrada”.
Pois bem, nossa cidade, Vitória de Santo Antão, no século 19, depois de Olinda e Recife, já despontava como o mais importante município comercial da Região, local, para onde convergia os principais negócios. A feira da cidade, junto com a agricultura e a pecuária compunham a chamada “locomotiva econômica da Vitória”.
De maneira organizada e pacífica, uma pressão por parte dos comerciantes da época, como também dos consumidores, no sentido da viabilização de uma nova relação na convivência comercial da cidade, direcionada à uma nova logística para o comércio varejista de então, fez o prefeito da época, Eurico do Nascimento Valois, encarar o desafio da mudança, justificando a construção de um NOVO CENTRO DE COMPRAS com as seguintes palavras:
“Era de fato doloroso assistir a uma feira, nas estações invernosas, nesta cidade”.
“Os pobres agricultores, que mourejavam durante a semana no fabrico dos produtos agrícolas, especialmente a farinha de mandioca, pagavam impostos, mas presenciavam, cabisbaixos, sem apelo, a destruição do fruto do seu trabalho, quando expunham à venda e tinham a infelicidade de serem apanhados pelas chuvas”.
“Julguei, portanto, de bom alvitre, construir um prédio para Mercado de cereais”.
Sendo assim, no início do século 20, mais precisamente no sábado, 16 de agosto 1913, há exatos CEM ANOS, as autoridades políticas, eclesiásticas, comerciantes e o povo em geral, inauguravam um NOVO CENTRO DE COMPRAS denominado Mercado de Cereais.
Foto: MERCADO DE FARINHA – FOTO: LIVRO HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.
Este novo empreendimento, moderno para época, se constituiu em um divisor de águas na história comercial da cidade. Forjado dentro dos conceitos que norteiam as relações dos atuais shopping centres, o Mercado de Cereais, e depois Mercado de Farinha, materializou-se no PRIMEIRO SHOPPING CENTER DA VITÓRIA.
Pois bem, já no final da sétima década do século 20, sessenta e cinco anos depois, em um movimento inverso, o então prefeito DR Ivo Queiros Costa, sentenciava a construção do segundo shopping Center, desta feita, com o simpático e oportunista nome fantasia de: SHOPPING POPULAR. Disse Dr Ivo em 1978:
“Praça dará lugar a Shopping Popular. Os bancos de madeiras serão substituído por compartimento de alvenaria”.
Nascia aí, então, o segundo SHOPPING CENTER DA VITÓRIA.
Contrariando todos os conceitos de uma administração pública, a criação do segundo CENTRO DE COMPRAS da Vitória se não for a principal fonte de problemas da cidade, o mesmo, pontua nas primeiras colocações.
Hoje, trinta e cinco anos depois, desta nefasta e cruel atitude, onde se inaugurou uma nova relação comercial na cidade da vitória, cuja a bagunça, sujeira e a ilegalidade continuam sendo as forças motrizes deste infeliz empreendimento, os vitorienses são obrigados a engolir, goela a baixo, o caos. Eis aí, então, a criação do segundo SHOPPING CENTER DA VITÓRIA. É bem verdade que este empreendimento não permitiu, nem permiti, nenhuma comemoração por parte da população, ou seja, todos perderam.
Foto: Divulgação
Com a inauguração, hoje, do Vitória Park Shopping, por esta ótica, o terceiro Shopping Center da cidade da Vitória, um novo ciclo na relação do comercio varejista se abre novamente em nossa cidade. Vale salientar, que na criação dos três centros de compras, aqui citado, a figura do prefeito foi fator determinante, até porque, o terreno onde estão fincadas as colunas do Vitória Park Shopping, foi fruto da generosidade, com o chapel alheio, do prefeito Elias Lira, já que o mesmo pertencia ao erário que, coincidentemente, de partida, coloca Elias Lira, aparentemente, como o comerciante que mais saiu ganhando, isso porque, o loteamento vizinho ao shopping é de propriedade sua e de seu filho, que depois da vinda do empreendimento já teve o seu valor multiplicado, segundo cometários de corretores imobiliário, por pelo menos três 3 e ainda, doravante, se multiplicará por muitas mais.
fazendo um pequeno paralelo entre a relação dos prefeito com os três centros de compras, cada qual à sua época, veremos que o primeiro, Eurico Valois, não auferiu nenhum tipo de vantagem pessoal, ao contrário dos demais. Dr Ivo, integralizou ao patrimônio político seu, e de seus parentes, os dividendos das doações. Elias Lira, entre outras coisas, teve seu patrimônio pessoal dilatado de maneira considerável.
Mas, independente de qualquer coisa, o novo centro compras se constitui em mais um divisor de águas na vida da Vitória e região. Um novo mercado de trabalho se abre, com novas perspectivas de crescimento profissional. A chegada do Vitória Park Shopping, impactará de maneira positiva na vida das pessoas, sobretudo, nas mais jovens.
Para finalizar estas linhas, gostaria de dar VIVA À CHEGADA DO NOVO CENTRO DE COMPRAS DA VITÓRIA DE SANTO, O VITÓRIA PARK SHOPPING, que de agora em diante, possamos usufruir, de maneira paritária, deste novo momento.