5ª edição da Corrida e Caminhada da Vitória – 26 de abril 2026!!!

SAVE THE DATE! 
A 5ª Corrida da Vitória já tem data marcada! 

No dia 26 de abril de 2026, Vitória de Santo Antão será palco de mais uma grande celebração do esporte, reunindo atletas, famílias e apaixonados por corrida de rua. 

Prepare-se para viver uma manhã de energia, superação e movimento!
Data: 26/04/2026
Local: Vitória de Santo Antão – PE

Em breve, divulgaremos todas as informações sobre inscrições, percursos e novidades desta edição.

Marque na agenda e venha fazer parte da 5ª Corrida da Vitória!

HOMENAGEM A DILSON LIRA – por Sosígenes Bittencourt.

Essa história de homenagear Dilson Lira é uma invenção arretada. E não custa parabenizar a Academia Vitoriense de Letras que promoveu Recital em sua memória. Se lá onde estiver, puder me ler, estará sorrindo, como sempre sorriu com minhas expressões.
Faz pouco tempo, eu ia atravessando a Avenida Mariana Amália, com o poeta Dilson Lira, quando ele parou no meio do trânsito e disse que havia sonhado com a Constelação de Eridanus, o Rio Celeste. Aí, eu, conduzindo-o pelo braço, relembrei: Nós somos do tempo em que havia tempo de acompanhar a réstia do sol e contar estrelas.
Eu dizia a Dilson que não era muito chegado a CASAMENTO nem SEPULTAMENTO, talvez pela semelhança que enxergava entre as cerimônias. E ele botava pra rir.
Geralmente, lá na padaria, onde comia pão com bolo e chupava caramelo de café.
Aí, eu comentava: “Dilson, você vai viver muito porque não come e vai morrer porque não come.” E ele botava pra rir.
Mas, Dilson não deu asas ao Mal de Alzheimer, decorou todas as poesias que confeccionou. E, falando-lhe sobre ser poeta, eu o homenageava com meus versos, a saber:
Essa história de ser poeta é dom.
Um bom dom.
O poeta não faz poesia com as flores,
com o mar,
com o céu,
sem a intenção de que você
habite sua poesia.
Ou seja,
sinta o aroma das flores,
a imensidão do mar,
o mistério do infinito.
Sosígenes Bittencourt

Vida Passada… – D. Antônio de Macêdo Costa – por Célio Meira.

Maragogipe, formosa terra da Baia, reclinada à margem direita do rio Paragutassú, foi, no ano de 1830, o berço de d. Antônio de Macêdo Costa. Chamado, por Deus, ao sacerdócio, iniciou seus estudos, o jovem Antônio, no Seminário da cidade de Salvador, alcançando o presbiterato, aos 27 anos de idade, em Paris, no famoso Seminário de São Sulpício. Levita do Senhor, partiu, no ano seguinte, informa um biógrafo, para Roma, onde conquistou o grau de doutor “in utroque jure”, no célere Liceu de Santo Apolinário. Publicou, a esse tempo, o “Pio IX, Pontífice e Rei”.

Contava 30 anos de idade, e três, apenas, sacerdote, quando mereceu, do Céu, a graça de um bispado. Entregou-lhe, o Vaticano, a diocese do Pará. Sagrado, no Rio de Janeiro, empunhou o báculo e ostentou a mitra, naquela terra nortista, em 1862, guiando seu rebanho. Escreveu, no ano de 1872, o “Resumo da Histórica Bíblica”.

Desencadeada, em 1873, a famosíssima “Questão Religiosa”, d Macêdo Costa acompanhou d Vital, o intimorato bispo de Pernambuco, o “Atanásio Brasileiro”, e, com ele, foi condecorado, sofrendo, na fortaleza da ilha das Cobras, o martírio da prisão. Nessa luta de gigantes e de aspectos dramáticos, e sombrios, conservou-se, esse prelado, sereno e corajoso, fazendo uso constante da pena, a arma abençoada de suas batalhas. Entregou à publicidade, nessa época, o “Direito contra o direito ou o Estado sobre tudo”, livro de combate, escrito em linguagem elevada. Culto, versado em diversas línguas, escrevia, d. Macêdo, em bom vernáculo. Era seu estilo, por vezes, elegante e florido. Foi, também, um enamorado das musas, colaborando, em versos, de quando em quando, no “Noticiador Católico”.

Governou, durante trinta anos, a diocese paraense, sendo elevado, poucos anos antes de sua morte, a arcebispo da Baia, recebendo o pálio, conta padre Galanti, das do bispo d. Lino Deodato, na catedral de São Paulo. Visitou, como arcebispo, a cidade dos Pontífices. Voltando ao Brasil, procurando um repouso, na cidade de Barbacena. E nesse recanto brasileiro, ao sul de Minas, Deus o chamou ao governo de um arcebispado, no Reino da Eternidade. Estava-se a 21 de março de 1892.

Foi sepultado na capela-mor da Baia. Repousa no torrão nativo, “um daqueles homens que, no dizer de Herbert Smith, citado por um historiador, devem permanecer como marco miliário na história da igreja”.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica.

Setembro de 1939 – Célio Meira.

Programa Mesa de Bar: um espetáculo!!!

Em formato itinerante, frequentando os quatro cantos do estado, o Programa “Mesa de Bar”, comandado pelo conceituado comunicador Wagner Gomes, transmitido pelas rádios  CBN RECIFE (105,7FM) e CBN CARUARU (89,9 FM),  é sucesso absoluto.

Na estrada há mais de uma década (11 anos), produzido ao vivo, sempre por volta do meio dia dos sábados, Vitória de Santo Antão foi a “bola da vez”. Isto é: o programa do último sábado (29) repercutiu a partir do Club Arena JB, localizado no distrito de Pirituba.

É possível dizer que o conteúdo apresentado pelos convidados,  nos 90 minutos de duração, bem reflete a proposta plural do programa. Ou seja: pessoas gabaritadas, das mais variadas tendências,  abordando  os mais variados assuntos: uma verdadeira confraria colaborativa.

Pois bem, nesse contexto, convidado pelo Wagner Gomes, tive o privilégio de participar e contribuir com  o “Programa Mesa de Bar” do último sábado (29).

Por lá, juntei-me aos outros convidados: o radialista Aderval Barros, a representante da Pitú, Fernanda Ferrer, aos artistas Dani Aguiar, Nildo Ventura e Augusto César Filho e também aos músicos,  das respectivas bandas.

Vale lembrar que o referido programa é patrocinado pelo Engarrafamento Pitú, desde o seu nascedouro. Portanto, fica aqui o singelo registro de um momento importante de troca de conhecimentos, muita harmonia e descontração,  ocorrido no Programa Mesa de Bar, do último sábado, dia 29 de novembro de 2025.

Para assistir o programa inteiro: 

https://www.youtube.com/live/Jrinu4L7pjc?si=lMQNyIh2o71W_IN0

 

1ª Corrida da Meta Associados – Ação Social Esportiva!!!

Promovida  pela empresa “Meta Associados”, aconteceu, na manhã do domingo (30), uma atividade física coletiva em forma de corrida rua. Com concentração, largada e chegada no Pátio da Antiga Estação Ferroviária, o encontro reuniu um bom número de atletas.

 

Com percurso de 6km, que percorreu várias ruas centrais da cidade, a organização do evento premiou os 3 primeiros colocados, no feminino e masculino.

 

Ao final, os atletas receberam medalha de participação e puderam saborear sucos e frutas diversas. Parabéns aos diretores da empresa META ASSOCIADOS, por investir no esporte e promover ação social voltada à chamada “Vida Saudável”.

“Missa dos Quilombos” – por @historia_em_retalhos.

Há 44 anos, a ala progressista da Igreja Católica promovia no Pátio do Carmo, no Recife, um pedido de desculpas ao povo preto, na memorável “Missa dos Quilombos”.

Evento de suma importância histórica, mas muito negligenciado, a Missa dos Quilombos lançou uma luz sobre as raízes do racismo e sobre a resistência do povo negro no Brasil.

A celebração foi presidida por um dos poucos bispos negros do Brasil, naquele momento, o mineiro Dom José Maria Pires, arcebispo da Paraíba (“Dom Zumbi”).

Ao seu lado, o anfitrião Dom Helder Camara, arcebispo de Olinda e Recife, que propôs o desafio da realização do ato.

No comando musical, uma das mais elevadas expressões do talento, sensibilidade e criatividade da música brasileira: Milton Nascimento.

Milton estava ao lado de Dom Pedro Casaldáliga e do poeta Pedro Tierra. A escritora Inaldete Pinheiro integrava os grupos de dança de matriz africana.

Em um ambiente ainda opressivo da ditadura militar e pelas mãos de uma instituição ainda muito conservadora (a Igreja Católica), Dom José Maria Pires afirmou com muita coragem que a igreja historicamente “frequentou mais a Casa Grande do que a Senzala”.

“A igreja não estava com os negros e hoje parece que começa a estar. Começa a nos querer bem, a respeitar a nossa cultura e não tratá-la mais como grosseira superstição”, afirmou.

Do Vaticano, porém, viera a odem de interdição ditada pela Congregação da Doutrina da Fé, dirigida pelo cardeal Joseph Ratzinger (futuro Papa Bento XVI), proibindo sumariamente a missa como uma celebração da eucaristia.

No Recife, os jornais estampavam:

“Missa Negra, coisa de satanás, profanação do culto sagrado promovida por Helder Camara, o bispo dos comunistas”.

Mas chegaram tarde.

Cerca de 8 mil pessoas lotaram o Pátio do Carmo.

“Claro que dirão, Mariama, que é política, que é subversão, que é comunismo. É Evangelho de Cristo, Mariama”, exaltou o Dom da Paz.

Apesar de desconhecida da maioria, a Missa dos Quilombos contribuiu para consolidar o dia 20 de Novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra, instituído pelo Movimento Negro Unificado em 1978.

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Cascatinha da Matriz – por Sosígenes Bittencourt.

(A Cascatinha da Matriz e Manoelzinho de Horácio)

Papai me contava e mamãe assevera que quem construiu essa praça, chamada Dom Luis de Brito, foi Horácio de Barros, pai de Manoelzinho Rangel. Depois, diz que Horácio de Barros não foi à inauguração da obra, porque estava acometido de Tifo. Assistiu ao evento, debruçado na janela de sua casa, na Rua Imperial, popularmente conhecida como Rua do Meio.

Era nessa Cascatinha que Manoelzinho de Horácio tomava cachaça com caramelo de menta, contava piada, soltava lorota e empulhava o mundo. Manoelzinho de Horácio partiu para a Eternidade aos 73 anos, já faz algum tempo. Ele contava que o médico que lhe tirou o baço e garantiu-lhe um ano de existência morreu primeiro.

Certa vez, Manoelzinho de Horácio me contou que fez um frio tão grande em Vitória de Santo Antão que o Leão Coroado, na frente da Estação Ferroviária, saiu do monumento e foi se esconder dentro de uma barbearia do outro lado da Praça. Manoelzinho de Horácio era jogador de futebol. Diz que, um dia, ele foi bater um pênalti, quando o adversário Tenente Índio o ameaçou: – Se fizer o gol, me apanha! Manoelzinho não teve dúvida, furou o gol e saiu correndo do estádio José da Costa, solto na buraqueira, pelo Dique afora.

Sosígenes Bittencourt

5ª edição da Corrida e Caminhada da Vitória – 26 de abril 2026!!!

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A 5ª Corrida da Vitória já tem data marcada! 

No dia 26 de abril de 2026, Vitória de Santo Antão será palco de mais uma grande celebração do esporte, reunindo atletas, famílias e apaixonados por corrida de rua. 

Prepare-se para viver uma manhã de energia, superação e movimento!
Data: 26/04/2026
Local: Vitória de Santo Antão – PE

Em breve, divulgaremos todas as informações sobre inscrições, percursos e novidades desta edição.

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Estaremos no Programa “Mesa de Bar”, do próximo sábado (29)….

Comandado pelo conceituado jornalista Wagner Gomes, o próximo programa “Mesa de Bar” será realizado aqui em Vitória. Na qualidade de convidado, estarei participando. Portanto, segue, abaixo, mais informações: 

🎙️​Prepare-se para o @programa.mesadebar deste sábado! O cenário escolhido é o espetacular Clube Arena JB, em Vitória de Santo Antão, sinônimo de conforto e estrutura de ponta, lugar perfeito para garantir momentos agradáveis e de altíssimo nível.

E o time de convidados? Simplesmente imperdível:
🎤 Radialista Aderval Barros
(@adervalbarros)
✍️ Historiador e atleta Cristiano Pilako
(@pilakooficial)
💼 Empresário Alexandre Ferrer (@pitu)
🎶 Dani Aguiar
(@daniaguiaroficiall)
🎵 Nildo Ventura (@nildoventura)
e Augusto César Filho
(@augustocesarfilhoofc)

​Garanta sua dose de boas histórias, risadas e muita música!

Você acompanha nossa transmissão através das rádios CBN Recife (@cbnrecife) e CBN Caruaru (@cbncaruaru), e também ao vivo em todas as nossas mídias sociais.

​Marque nos comentários quem vai sintonizar ou te acompanhar no Clube Arena JB!

O desafio do espelho no livro de Paulo Fernando Craveiro – por Marcus Prado.

Depois de uma trajetória singular no jornalismo pernambucano e na literatura – não só como obras de ficção, mas também como cronista do cotidiano, às vezes trágico e paradoxalmente poético (gênero em que nosso autor é visto como um dos nossos ícones) –, o escritor Paulo Fernando Craveiro decide agora enfrentar uma das potências mais desafiadoras da humanidade: o espelho.

Uma obra que tem muito de memória: a natureza fragmentária e subjetiva dos dias vividos, a existência, as suas numerosas viagens para fora do Brasil. A frase de Friedrich Nietzsche nos confronta com a ideia de que o maior adversário é frequentemente o próprio espelho. Mas ele não se amedronta, além de estar na sua melhor fase criativa. O tempo, para ele, aos seus 90 anos, está longe de ser um limite, trazendo sabedoria, profundidade e segurança. Explora formas, estilos e estruturas com uma abordagem experimental que desafia o leitor a ir além do óbvio.

Nesta crônica, faço questão de me ater a um fragmento do seu livro Memórias do Espelho, a sair brevemente, o 14º de sua carreira de jornalista e escritor – que não será o fim nem uma pausa na sua carreira intelectual. Refiro-me ao capítulo em que dialoga com a obra monumental de Francisco Brennand, com lirismo e profundidade, no sentido forte em que a palavra ainda tinha no tempo de Pedro Nava e Lúcio Cardoso (e as suas comoventes cartas a Clarice Lispector. Lúcio, a grande paixão de Clarice).

Paulo vê nas esculturas de Brennand reflexos das questões existenciais que aborda em seus livros, como a passagem do tempo, a fragilidade e a força da condição humana. Francisco Brennand, com sua linguagem visual densa e simbólica, poderia também encontrar na obra de Craveiro uma ressonância poética que ecoa o lado introspectivo e espiritual de sua própria arte.

O Recife, para eles, poderia ser tanto um ponto de partida como uma alegoria – o que, para Craveiro, talvez represente uma cidade habitada pela memória e, para Brennand, um mundo repleto de figuras que evocam rituais e mistérios antigos.

Enquanto Craveiro cria um universo literário repleto de introspecção e observações sobre a natureza humana, Brennand imortaliza seu olhar através de esculturas que desafiam o tempo. Ambos sabem que a passagem do tempo expõe a nossa fragilidade e, ao mesmo tempo, evoca a nossa maior força: a capacidade de criar sentido, em um universo que é, em grande parte, indiferente.

“A condição humana é o equilíbrio tenso e dinâmico entre o saber que o tempo nos levará e o impulso irresistível de deixar uma marca duradoura.”

A convivência – ou mesmo o simples fato de terem habitado o mesmo espaço geográfico e cultural – permitiu que suas obras reverberassem, cada uma à sua maneira, as questões mais profundas da existência humana, da identidade e da criação artística.

Há um diálogo entre mundos e ideias, uma celebração daquilo que ambos buscavam através de suas artes: entender, transformar e transcender o espírito humano.

A obra de Craveiro possui uma estética densa, rica em simbolismo e repleta de uma poética que beira o místico. Ele não apenas escreve sobre pessoas e lugares, mas sobre os aspectos mais internos e intrincados da experiência humana. Costuma abordar temas como solidão, temporalidade, relações humanas – sempre com uma dose de contemplação filosófica.

Uma referência para essa ideia é frequentemente Santo Agostinho, em especial no Livro XI das Confissões, quando trata dos exercícios de ascensão ao reconhecer a necessidade de um desnudamento. O tema também é central para pensadores como Søren Kierkegaard (com seu conceito de Instante), sobre quem Paulo Fernando foi um dos primeiros a escrever no Recife.

Por fim, destaco o longo ensaio Samuel Beckett e Leopardi, de Pedro Boxall e Peter Nicholls, publicado em outubro deste ano pela Cambridge University Press. Fala das possibilidades imaginativas de ambos os escritores, que pareciam ter tanto em comum em termos de criatividade e visão da arte, da vida e do mundo. As afinidades e preocupações compartilhadas parecem colocá-los num ângulo simultaneamente intelectual e afetivo.

Os escritos de Leopardi (1798–1837) e Beckett (1906–1989) se iluminam mutuamente, numa partilha de experiências, em vez de um foco exclusivo na introspecção solitária.

Marcus Prado – jornalista

Cavalgada Fest – 25 anos – Corrida Com História….

Nossa cidade – Vitória de Santo Antão –  sempre teve tradição na  cultura do “cavalo de sela”. Vitória também é o palco da tradicionalíssima 1ª Feira de Agosto, encontro anual, outrora, espaço voltado ao chamado  “apontamentos dos engenhos” e, num tempo mais recente, espaço dedicado ao comercio do “cavalo bom de montaria”.

Pois bem,  foi nessa atmosfera que há exatos 25 anos surgiu a Cavalgada Fest, projeto que durou  pouco mais uma década, mas conseguiu muito prestigio, dentro e fora do munícipio. Nas muitas edições, reuniu muitos apaixonados pela “vida de gado”. Em uma das edições, chegou a ser  condecorada e inscrita, pelo Instituto Rank Brasil, como a maior cavalgada uniformizada do País.

Na sua primeira edição, ocorrida exatamente no domingo, 26 de novembro de 2000, contou com a participação de mais de 600 cavalos. No formato padrão, iniciava-se com um farto café da manhã, seguia em cavalgada pelas ruas da cidade, regado a bebidas diversas, no meio do percurso (bate-sela) o almoço e ao final, apresentações musicais.

Logo na primeira edição, entre outras atrações musicais, apresentou-se, pela primeira vez nossa cidade, a Banda Brasas do Forró. O evento dançante ocorreu no espaço conhecido por “Vitória Park Show”, localizado no centro comercial.

Veja o vídeo aqui: https://youtube.com/shorts/VpuMBOPcA0Y?si=GB6Homk8SRV-VlgG

Vinte e cinco anos se passaram e muitos dos que participaram das várias edições não esqueceu. Continua, portanto, sendo a Cavalgada Fest uma memória afetiva bastante relembrada e querida, hoje, destacada no nosso quadro Corrida Com História.

Vida Passada… – Costa Pinto – por Célio Meira.

Na tristonha cidade do Paracatú, perto das montanhas, no oeste de Minas Gerais, nasceu, em 1802, Antônio da Costa Pinto. Formou seu espirito na terra portuguesa, e aos 25 anos de idade, regressou ao Brasil, trazendo carta de bacharel, conquistada em Coimbra. Diplomado, apresentou-se a D. Pedro I, mas não alcançou as graças do poder. Numa audiência, não se ajoelhou e não beijou as mãos do Imperador. Era rebelde. E por esse motivo, “recusando cumprir as cerimônias da etiqueta do Paço, escreve o erudito historiador padre Rafael Galanti, o governo o deixou no esquecimento, durante quatro anos”.

Quando veio o governo da Regência, em 1831, ingressou, Costa Pinto, na magistratura de Minas. Sentou-se, mais tarde, aos 34 anos de idade, na cadeira de presidente de sua província, e sete anos depois, em 1844, exerceu na terra mineira, o cargo de chefe de polícia. Voltando à judicatura, obteve, em 1846, o alto posto de desembargador na Relação de Pernambuco. Político de ideias elevadas, sem o exagero da disciplina partidária, representou o povo de Minas, em sucessivas legislaturas, na Câmara geral. E figurava, ainda, na bancada parlamentar, em 1848, quando o governo lhe entregou, numa hora de terrível agitação política, a administração de Pernambuco.

Governou, o desembargador Costa Porto, essa província do norte, de 14 de julho a 17 de outubro de 1848. Gravíssimas eram, a esse tempo, as lutas partidárias. Não se envolveu, porém, esse governo liberal, nas linhas dos combatentes, e se conservou alheio às ambições e aos ódios pessoais, dirigindo, com serenidade, e justiça, o barco do governo. Deixado a província pernambucana, esse ilustrado mineiro regressou à Corte.

Serviu, ainda, ao governo bragantino, aceitando, em 1860, a presidência da província da Baia e, dez anos decorridos, mereceu a honra de sentar-se numa poltrona do Supremo Tribunal de Justiça. Chegou, desse modo, ao fim de sua carreira pública, brilhante e honrada.

Faleceu, no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1880, aos 78 anos de idade. O ministro Antônio da Costa Pinto, no alto julgamento de Olegário de Aquino e Castro, antigo orador do Instituto Histórico Brasileiro, foi a “imagem viva da justiça, em todo o esplendor de sua serena majestade”.

 

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica.

Setembro de 1939 – Célio Meira.