A respeito da matéria postada aqui no blog, onde o jornalista Editor do tradicional Jornal da Vitória, o amigo José Edalvo assina, expondo seus pontos de vistas, até porque, como ele mesmo usa no título, “É tudo uma questão de ponto de vista”, gostaria de fazer algumas considerações:
Quanto as minhas opiniões em direção a sua pessoa, reitero a todas, e neste momento, como amigo que sou, entendo perfeitamente as dificuldades (“via crucis”) por você vivida nestas mais de três décadas que, além de ser testemunha ocular da história, poderíamos afirmar que você foi, e é uma das pessoas mais bem intencionadas na “complicada” tarefa de escrever os fatos ocorridos na terra de Mariana Amália, sobretudo, os protagonizados pelos políticos.
Não sejamos ingênuos ao ponto de achar que a grande maioria da população esteja errada, simplesmente, pelo fato da gestão do Governo de Todos ter negligenciado, nas mãos de amadores, a missão de comunicar-se com os munícipes, marketing é apenas ciência e não mágica.
Como já cobrei em matérias anteriores, e o amigo Edalvo com toda certeza não é a pessoas mais indicada para responder, até porque como ele mesmo falou “não tem motivos para isso” gostaria da relação das obras da atual Gestão, do primeiro ano de governo, já que este foi o exemplo, com data de inicio, término e valores das obras para que possamos observar , como a gestão se comportou neste mandato.
Entenda pela frase “nem os meios fios pintou” como uma expressão popular proferida da boca das pessoas que acreditaram que tudo ia ser diferente do que foi, e está sendo, inclusive de pessoas próximas, muito próximas do prefeito.
Com relação a lista apresentada pelo nobre amigo, nas melhores das tentativa de colocar mais uma vez “pra cima” uma gestão estatizante, pinçarei algumas e farei comentários, acredito eu que pertinentes:
Escola Cidade de Deus: Quase R$ 700.000,00, obra entregue ano passado, sem barras na quadra, sem piso no pátio e com esgoto correndo a céu aberto.
Minha casa, minha vida: Programa Federal que acontece no país inteiro, Vitória é apenas mais um.
6000 m² de asfalto: sinceramente não sei onde, hoje no quarto ano de governo, estão aplicado esse asfalto todo, muito menos no primeiro ano de governo, até porque a cidade está cheia de buracos.
Pórtico da cidade: Só no ano passado que foi colocado, adesivado e pintado.
Implantação de indústrias: fica difícil de acreditar nas intenções e seriedade de um prefeito quando se chega no último ano da gestão sem ao menos disponibilizar uma sala para uma secretária funcionar. Credito, sob o ponto de vista de articulação local, algo de positivo nessa área ao Secretário Alexandre Ferrer, que tem “estatura” para falar com qualquer empresário olho no olho. É bem verdade que não se pode apagar da história que algumas fábricas, aqui aportaram, no período da atual gestão, mas não se pode deixar de creditar à história do auspicioso momento financeiro que vive Pernambuco, como também o aumento da renda dos nordestinos, sobretudo os mais carentes com os investimentos dos últimos dez anos na região através dos programas federais.
Não citarei os demais pontos, até porque passaria a ser injusto quando não elencasse também, salários pagos a funcionários, merendas dos alunos nas escolas, atendimentos do SAMU ou até procedimentos ambulatórias.
Para encerrar, mesmo fazendo uma análise mais apurada, como amigo me aconselhou, não vejo mais acertos do que erros, vejo sim, uma administração provinciana inspirada no modelo administrativo de Dr. Ivo Queiroz, que vem dando continuidade a gestão de José Aglailson, até porque Elias é um administrador de visão superada, sem capacidade de aglutinar novos conhecimentos para se quebrar paradigmas e romper preconceitos. Entendo também, que o Prefeito, há muito, perdeu a capacidade de interagir com a sociedade, sobretudo com os mais jovens, portanto, entendo que nesse momento o melhor conselho que eu poderia dar ao prefeito seria que deixasse a vida pública para esperar seus netos que estão por vir e começar, segundo os que já tem experiências como avô, a melhor fase da vida.
Fica aqui os meus protestos de elevada consideração ao estimado amigo José Edalvo, entendo que ele não seria a pessoa mais indicada para falar em nome da Gestão do Governo de Todos.