No sábado (04) aconteceu a tradicional PRIMEIRA FEIRA DE AGOSTO. Contam os mais antigos que essa feira já foi o maior evento comercial da região, isso porque, era nas “bandas” de cá que a chamada indústria canavieira reinou absoluta durante muito tempo. Como naquele tempo a “força motora” dos engenhos se dava  através da mão de obra  dos escravos negros que vinham da África, como também da força animal, era justamente  nessa feira que os senhores de engenhos faziam seus apontamentos, ou seja, preparava suas “maquinas” para trabalhar.

Com as mudanças no perfil desse tipo de negócio a feira manteve a tradição do encontro mudando apenas de mercadorias, ou seja, passou a ter como principal foco a transação dos cavalos de cela, não mais escravos, burros e bois, sendo inclusive, por esse motivo muitas vezes confundida como “feira de cavalos”.

No inicio da década de 80 a feira aconteceu em vários lugares (Primitivo de Miranda, Matriz etc..). Salve engano, foi no ano de 1986, por iniciativa do então Secretário de Agricultura Roberto Bezerra que a feira mudou para um novo formato. A tradicional feira aconteceu nas terras de Seu Mané Barão, onde hoje se encontra o Prédio da Nova Veiculo.

Roberto introduziu na feira a chamada “festa de gado”, ou seja, contratou bandas e fez uma festa com tanto sucesso, que fez o então Prefeito da época Elias Lira convocá-lo, para uma semana depois, procurar um terreno para construção de um parque de exposição.

Sendo assim, o amigo Roberto Bezerra conseguiu com seu jeito discreto, não deixar a “peteca” cair, já que aquele tipo de negócio do passado já não mais estava dando sustentação ao evento, sendo necessário um UPGRADE na tradicional festa, e foi com uma visão diferente e capacidade inovadora de trabalho que Roberto transformou, lá atrás,  o modelo da tradicional feira. Por esse motivo, ele será sempre lembrado pelos vitorienses.