Ao término do programa televisivo, que foi ao ar na tarde de ontem (26) – Globo Esporte – fiquei imaginando: meu Deus!! Se realmente esse negócio de céu e inferno existe, boa parte dos políticos da Vitória, ou já estão ou irão “direitinho” para o caldeirão quente do Satanás…
Pois bem, revelou a reportagem aludida que na pequena cidade de IATÍ, localizada bem distante da capital pernambucana (300 km), com menos de vinte mil habitantes, uma ação esportiva já transformou, e continua transformando, a vida de muita gente, sobretudo das crianças e dos adolescentes.
Disse o professor de educação física Diego Carvalho, que antes de apostar no Badminton, como modalidade esportiva, investiu no basquete e no vôlei. “É uma realização pessoal… eu era pequeno e morava em Iatí, esperava que alguém me desse uma oportunidade… (o tempo passou e hoje) … eu vejo em mim essa pessoa que posso dar essa oportunidade para eles”.
Após três anos de um trabalho implantado com seriedade, os atletas – crianças e adolescentes – conseguiram ser campeões estaduais, assim como disputar competições nos quatro cantos do País. Além, claro, da melhora nos estudos, na escola, no comportamento, também passaram a ser mais disciplinados, algo necessário para que se alcance o sucesso, em qualquer área de atuação na vida, adulta e profissional.
Realço todos esses pontos para mostrar que nem tudo está perdido! Quando vejo ações como essas, implementadas em lugares improváveis para tal florescimento, volto a questionar: será que na nossa cidade, Vitória de Santo Antão, nada dessa natureza poderia ser frutificado?
Não custa nada lembrar que na década de 1970, por iniciativa do então prefeito José Augusto Ferrer , Vitória “respirou”, de maneira efetiva, uma “fábrica de transformar sonho em realidade”, isto é: ergueu-se um Centro Olímpico Municipal. Nessa perspectiva o local seria voltado ao uso e à prática dos esportes olímpicos, destinado, de maneira gratuita, aos alunos atletas do município.
Moral da história: o projeto não foi dado sequencia pela gestão seguinte e o médico Ivo Queiroz, na qualidade de prefeito, se encarregou de transacionar o espaço com a iniciativa privada e colocar, de vez, uma “pá de cal” no nosso “real” sonho olímpico. O referido local, hoje, é toda área que repousa a AABB – Associação Atlética Banco do Brasil.
Nas duas últimas duas décadas, onde gestões administrativas tiveram o “privilégio” de receber a confiança da população por duas vezes seguidas – oito anos consecutivos no comando do município – nenhum projeto esportivo consistente foi iniciado e efetivado. Absolutamente nada!! NEM UM CAMPEONATO DE PORRINHA SEQUER.
Concluo essas linhas voltando a me perguntar: quando é que o povo da Vitória vai encontrar a “porta de saída” desse ciclo político vicioso?
Enquanto esse dia não chega, continuemos entregando a vida, e o futuro das nossas crianças e adolescentes mais vulneráveis, nas mãos dos traficantes de drogas…