Faltando menos de seis meses para as eleições gerais o quadro sucessório nacional segue sem muita visibilidade à chamada terceira via, algo que, infelizmente, devemos lamentar. Discutir o futuro do País de forma binária, com toda certeza, não produzirá bons frutos. Os dois projetos que até o momento lideram as pesquisas de opinião pública já demonstraram, na prática, ser “barco furado”.
Já para o Governo de Pernambuco o processo será mais “animado”, por assim dizer. Pelo menos cinco pré-postulações, com visibilidade, já estão na rua. O candidato da máquina estadual, Danilo Cabral, certamente é figura garantida no segundo turno, mesmo sem pontuar nas cabeças das pesquisas – por enquanto.
O fato novo do processo eleitoral é algo que pertence à postulação da deputada federal Marília Arraes. O Anderson Ferreira, ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, fez uma opção arriscada, ou seja: se abraçou com o discurso de Bolsonaro justamente num estado que o ex-capitão amarga altos índices de rejeição.
A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, começou com uma boa partida, mas já vem demonstrando que não tem estatura para liderar um projeto estadual. Tendo como vitrine os altos índices de aprovação na sua principal base eleitoral (Sertão), o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que tem no seu pai, senador FBC, como um dos principais ativos na disputa, pelo fato de ser um profundo conhecedor da geografia política estadual, certamente chegará ao final da certame bastante fortalecido.
Na nossa Vitória de Santo Antão o processo ainda está nebuloso, ou seja: as principais lideranças políticas permanecem nas suas respectivas “tocas”.
Assim como fez Elias Lira, na qualidade de prefeito nas suas duas últimas gestões, em relação ao pleito estadual, o atual mandatário, Paulo Roberto, nesse inicio de movimentação política eleitoral, vem tentando se equilibrar em dois palanques estaduais, isto é: colocando uma perna na estrutura do atual governador, Paulo Câmara, e a outra no palanque da ex-prefeita da Capital do Agreste, Raquel Lyra, que, ao que parece, é o seu desejo e sua aposta pessoal.
Pelo lado dos “Querálvares”, sem sobressaltos: deverão marchar com o campo que historicamente sempre foram ligados – frente popular (PSB). A novidade, talvez, seja o não apoio (localmente) ao nome de uma “postulação federal” com o DNA da família Arraes.
Abrigados no guarda-chuva dos PP (Partido Progressista), que nacionalmente apoia Bolsonaro e no estado levanta a bandeira do Lula, os “Queiroz” seguem desenhando seus passos dentro da chamada “conveniência política”: ou seja, eles jogam no time de todos mundo, mas de olho na garantia dos seus próprio resultados….
Ainda dentro do campo local, duas pré-postulações, mais adiante, deverão alinhar-se no contexto estadual. Socorrinho da APAMI, outrora a “Pantera Cor de Rosa”, nessa eleição visando uma cadeira em Brasília, certamente dará palanque em Vitória ao projeto liderado pelos Coelhos de Petrolina.
Já o vereador do PDT mais votado do estado, na última eleição municipal, André Carvalho, tende a ser cortejado por mais de um postulante ao governo estadual, dada a sua inquestionável liderança espontânea dos eleitores na nossa cidade.
Portanto, ao que parece, teremos uma eleição animada em Pernambuco e em nosso colégio eleitoral de mais de 100 mil eleitores, pela primeira vez sem as coligações proporcionais, teremos uma disputa “sem muito arrumadinho”. Como já estamos carecas de saber, política é algo bastante dinâmico e tudo poderá acontecer, inclusive nada! Doravante, estaremos acompanhando e comentando por aqui. Vamosimbora…