Em 05 de setembro de 1908, nascia, no Recife, Josué de Castro, professor, cientista social e ativista brasileiro do combate à fome.
O seu romance “Homens e Caranguejos” (1966) influenciou fortemente as concepções de Chico Science e Fred 04, expressas no manifesto “Caranguejos com cérebro”.
A obra descreve o cotidiano de uma comunidade erguida em um manguezal, no bairro de Afogados, no Recife, na primeira metade do século 20.
São pescadores de caranguejos, pessoas que tiram do mangue o seu sustento, com casas construídas com massapé, madeira e palha do local, tendo como principal alimentação os caranguejos, que “fervilham” nas margens do Capibaribe.
Castro foi um homem à frente do seu tempo.
Sempre se posicionou contrariamente à corrente de pensamento que atribuía a miséria às condições naturais, climáticas e étnicas.
A sua maior lição foi ensinar que a fome é um projeto político.
“Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça”.
Salve Josué de Castro!
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