Neste exato ponto circulado em vermelho, ficava a estreita porção de terra que ligava as cidades-irmãs de Olinda e Recife, aniversariantes de hoje.
O deslocamento dava-se do Recife em direção a Olinda, em razão da fartura de água potável na vila olindense, algo muito comum nos processos de ocupação.
Essa estreita faixa de terra (aproximadamente 80m de largura) existiu até o comecinho do século 20.
Em 1909, iniciaram-se as obras no Porto do Recife, com a construção do molhe de Olinda, na altura, mais ou menos, da fortaleza edificada pelos holandeses para proteger o istmo (Forte do Buraco).
A construção do molhe de Olinda alterou as correntes marinhas, causando a ruptura do istmo, em meados de 1912.
Abriu-se, então, uma fenda (foto), que separou Olinda do Recife, transformando o Bairro do Recife, definitivamente, na ilha que ele é hoje, e não mais na península que ele já foi um dia.
É por isso que dizem que o rompimento do istmo foi um “efeito colateral” das obras de reforma do porto e que o Bairro do Recife é uma ilha “por acidente”.
Uma coisa, porém, é certa: apesar do rompimento do istmo, há 488 e 486 anos, respectivamente, Olinda e Recife seguem irmanadas fazendo história.
A primeira, Marim; a segunda, Maurícia.
A primeira, lusitana; a segunda, holandesa.
A primeira, das colinas; a segunda, dos rios.
Parabéns às cidades-irmãs, Olinda e Recife, aniversariantes do dia de hoje! .
Siga: @historia_em_retalhos
https://www.instagram.com/p/CpsFFAGuQAh/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D