Na qualidade de acadêmico da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência -, na manhã do domingo (12), apresentemos um trabalho minucioso sobre a vida e a obra do escritor, jornalista e advogado Ceciliano de Oliveira Melo, que ficou conhecido com o pseudônimo de Célio Meira, devidamente integralizado ao seu nome de maneira judicialmente legal. O evento ocorreu no Salão Nobre do nosso Instituto Histórico e contou com a participação de familiares, acadêmicos e convidados.
Com origem no Engenho Arandú, os pais de Célio Meira se estabeleceram em Vitória, em definitivo, em 1888. Irmão de Joaquim e José, o então Ceciliano nasceu na manhã do sábado de 23 de março de 1895, em uma casa de esquina do bairro da Cabanga – próximo ao Pátio de Evento.
Com muito esforço e investindo nos estudos o mesmo, aos 23 anos de idade se formou em advogado. Jornalista desde os primeiros bancos escolares foi redator do famoso Jornal O Lidador e contribuiu com praticamente todos os jornais que se destacaram, ao seu tempo, na nossa cidade. No Recife, foi radialista e passou pelos Jornais “Folha da Manhã”, “Diário de Pernambuco” e “Jornal do Commércio” – nesse último, colunista por 30 anos.
No serviço público, foi promotor, secretário de estado e se aposentou pela Assembleia Legislativa do Estado. Atuou também como professor em vários educandários, estabelecidos na capital.
Mas foi no “mundo literário” que Célio Meira avançou e se notabilizou. Ingressou, em 1938, na APL – Academia Pernambucana de Letras – e em 1962, por unanimidade, ganhou a eleição ao cargo de presidente da casa máxima das letras pernambucana. Diga-se de passagem: único antonense a dirigir os destinos da “Casa de Carneiro Vilela”.
Gozando de boa saúde e ainda trabalhando diariamente, aos 77 anos, faleceu, em 21 de setembro de 1972, vitima de atropelamento na Avenida Caxangá, localizada na cidade do Recife.
Mesmo morando em outras cidades, por questões profissionais, Célio Meira nunca esqueceu sua terra natal, sua gente, seus amigos e o sentimento de pertencimento à terra natal. Em suas crônicas e nos seus momentos mais importantes era à Vitória de Santo Antão que dedicava sua gratidão. Portanto, eis ai mais um antonense que precisa ter seu nome mais divulgado e associado às boas causas da nossa terra. O legado de Célio Meira é gigante e exemplar….