Por volta do meio dia de ontem, quinta-feira, 28 de dezembro – última quinta do ano de 2023 – ao deslocar-me, de carro, pelo centro da cidade, com destino ao bairro do Cajá, observei um movimento diferente no trajeto, já que costumeiramente o faço.
Das esquinas, das calçadas e dos portões, pessoas, das mais diversas idades, curiosamente e sincronicamente, levantavam sua visão na direção dos céus. Aeronaves do tipo helicóptero, intensamente, cruzavam os ares. Só depois, circulou a informação de que se tratava de uma operação policial.
Pois bem, mesmo vivenciando tempos (atuais) em que as mais extraordinárias imagens da vida moderna estão disponíveis, 24h, através dos celulares, o “mundo ao vivo” sempre será mais convidativo, ao que poderíamos chamar de “espanto”.
Saindo do tempo presente e viajando ao de outrora, tendo como circunscrição espacial os céus antonenses, fiquei imaginando, mesmo sem haver vivido esse espetáculo, o alvoroço das pessoas, em solo, por ocasião dos eventos promovidos pelo nosso Aeroclube, em que contava com várias aeronaves se deslocando, ao mesmo tempo, em que, também, sincronicamente, paraquedistas saltavam dos aviões.
Lembremos que tudo isso aconteceu em nossas terras por volta da metade do século XX, quando ainda, na qualidade de cidade, estávamos desfrutando das maravilhas da chegada da energia elétrica e o automóvel ainda se configurava numa novidade.
Em registros nos jornais da época, fala-se em público de mais de 10 mil pessoas acompanhando os eventos, promovidos pelo nosso Aeroclube. Depois de ontem, já mais irei duvidar dessas informações……