Há um clássico na literatura de idioma português chamado VIAGEM AOS SEIOS DE DUÍLIA, do escritor Aníbal Machado.
Quando leio essa narrativa, que virou um belo filme, lembro-me de uma cena real vivida pela notável escritora e poetisa vitoriense MARTHA DE HOLANDA, autora do livro O DELÍRIO DO NADA.
Martha era uma mulher à frente muitíssimo do seu tempo.
Foi uma antecipadora dos “novos tempos do feminismo” tão em foco na filosofia existencialista de Simone de Beauvoir.
Certa madrugada de calor, na varanda do sobrado histórico em que morava, que ainda existe, na antiga Rua do Comércio, decidiu de se despir, na varanda do sobrado, e mostrar os seus lindos seios aos ventos.
A coragem de Martha, a sua vida (muitas vidas numa só), inspiraram a grande escritora vitoriense Luciene Freitas no seu livro “Uma guerreira no tempo: Resgate de uma época, Martha de Hollanda e o delírio do nada”. Leiam esse livro.
Marcus Prado – jornalista
Pelo jeito esta senhora em nada foi exemplo pra mulher alguma.
Uma desequilibrada sendo ovacionada por uma sociedade carcomida pelos vermes da imoralidade.