Economista, escritor, diplomata e político, o mato-grossense Roberto de Oliveira Campos teve uma trajetória de destaque e acumulou realizações expressivas nas inúmeras funções que exerceu ao longo de sua vida.
Porém, era uma figura polêmica.
Em 11 de abril de 1964, o general Castello Branco assumiu a presidência do Brasil, de forma indireta, após o golpe militar daquele ano.
De seu governo, faziam parte Sandra Cavalcanti, que foi nomeada para presidir o BNH, e Roberto Campos, ministro do planejamento e homem forte dos militares.
Sandra queria que os recursos do FGTS financiassem casas para os trabalhadores.
Campos, detentor da chave do cofre, queria que também beneficiassem as classes média e alta.
Criado o impasse, Sandra levou o problema para o presidente da República e pediu uma reunião, com a presença do ministro.
No dia do encontro, a professora começou discordando do ministro, acusando-o de ser insensível aos problemas sociais e seguidor intransigente da escola liberal.
Contrapôs com a nova visão econômica da corrente liderada pelo economista alemão Von Rumanchaut, defensor dos investimentos sociais como solução para as crises políticas.
Roberto Campos, então, cortou a palavra da presidente do BNH e disse a Castello que já tinha lido toda a obra desse alemão, garantindo serem teses ultrapassadas.
Sandra levantou-se e pediu ao general que aceitasse a sua demissão em caráter irrevogável.
Disse ela:
– “Presidente, eu inventei agora, neste momento, a figura inexistente desse economista alemão e o seu ministro do planejamento acaba de dizer que já leu toda a obra dele”.
Resumo da ópera: revelando muita soberba, Roberto Campos foi flagrado na mentira.
Fonte: Ticianeli, Coluna Miolo de Pote.
Agradeço ao amigo @paulocesarmaiaporto por ter nos trazido esse fato.
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kkk
se o Campos com toda sua genialidade foi soberbo, o que é a pessoa que, baseada, apenas nesse fato ja faz uma leitura do mesmo?
Senhores o Campos até hoje é lido e estudado por quem, de verdade, trabalha para produzir riqueza, e nao por meros socialistas do “mamãe me dá”…
Ter vergonha tbm é sinal de humildade, viu?