A “farsa do Maracanã” – por @historia_em_retalhos.

Há exatos 35 anos, em 3 de setembro de 1989, o goleiro chileno Roberto Rojas protagonizava o episódio que entrou para história como a “farsa do Maracanã”, um acontecimento inimaginável, diante de mais de 100 mil espectadores.

Naquela edição das eliminatórias para a Copa do Mundo de 90, Brasil e Chile chegaram à última rodada empatados em números de pontos, mas os canarinhos tinham a vantagem do empate, devido ao saldo de gols.

Aos 4 minutos do segundo tempo, Careca abriu o placar para o Brasil.

O que parecia euforia pela iminente classificação, porém, passou a dar lugar à tensão.

Aos 23 minutos, um sinalizador da Marinha lançado pela torcedora Rosenery Mello caiu na área chilena.

O goleiro Rojas desabou em campo e rolou até próximo ao resto do fogo, dando a impressão de ter sido atingido pelo artefato.

O jogo foi interrompido, com os chilenos saindo de campo e, depois, pleiteando a vaga na Copa de 1990.

Graças às imagens capturadas pelo fotógrafo argentino Ricardo Alfieri, logo foi descoberto que o sinalizador tocou o chão sem atingir ninguém, muito menos Rojas.

Com as investigações, Rojas confessou ter se cortado com uma lâmina de barbear escondida em uma de suas luvas para simular um ataque dos torcedores brasileiros.

Disse, ainda, que o técnico chileno havia pedido a ele e ao médico da equipe que permanecessem em campo para forçar um escândalo, com o objetivo de desclassificar o Brasil da competição em favor do Chile.

Em 1990, o goleiro declarou à revista La Tercera:

“Me cortei com uma navalha e a farsa foi descoberta. Foi um corte na minha dignidade”.

Ao fim, a FIFA decidiu que Rojas deveria ser banido do futebol profissional (punição revista em 2001) e o Chile seria retirado das eliminatórias para a Copa de 1994, além de que o jogo seria considerado como vencido pelo Brasil com um placar de 2×0.

Já Rosenery Mello (foto) virou celebridade instantânea.

A “Fogueteira do Maraca”, como ficou conhecida, recebeu um cachê estimado em US$ 40 mil para estampar a capa da edição de novembro de 1989 da Playboy.

Até hoje, este é considerado um dos episódios mais vexatórios da história do futebol mundial.
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