4ª Corrida da Vitória – faltando um mês!!!

Faltando exatamente um mês para a culminância da 4ª edição da Corrida e Caminhada da Vitória, evento esportivo que reunirá 1000 atletas da Vitória e de cidades circunvizinhas, hoje, logo cedo, gravamos um vídeo para as redes sócias em que “decretamos” a chamada “Contagem Regressiva”.

Doravante, pelas sociais, pelo grupo oficial do evento e também aqui, pelo blog, estaremos divulgando e informações sobre o conjunto da organização, promoções de patrocinadores e tudo que diz respeito à entrega dos kits aos atletas.

Portanto, prepare o tênis e o coração por que já temos data para vivenciar mais edição da Corrida e Caminhada da Vitória!

Veja o vídeo aqui: https://youtube.com/shorts/mVmL5qcRAvI?si=WHNiloLS_16sCo36

Doutor Célio Meira: um antonense imortal……

Por ocasião da passagem dos 130 anos de nascimento do doutor Célio Meira, ocorrido no domingo, dia 23 de março (2025), realizamos mais um conteúdo do nosso quando Corrida Com História.

Batizado Ceciliano, o mesmo adotou o nome social de Célio Meira. Nascido numa casa, localizada no Canal da Mangueira, num sábado, exatamente no dia 23 de março de 1895, ele foi o caçula dos  3 filhos de Antônio e Maria José.

Estudioso e aplicado, aprendeu as primeiras letras em nossa cidade para depois de notabilizar como advogado, professor, promotor de justiça, escritor, pesquisador e poeta. Com sua pena,  foi colunista de vários jornais da capital e também  com quase todos os jornais locais do seu tempo. Também deixou sua marca num  conjunto de revistas do Instituto Histórico local.

Falecido de maneira trágica no inicio da década de 70 (1972), o antonense  Célio Meira foi o primeiro e único intelectual da República das Tabocas a sentar na cadeira de presidente da APL – Academia Pernambucana de Letras.

Além de espaço destacado no Instituto Histórico da Vitória, o mesmo, na atualidade,  empresta seu nome a uma rua no bairro do Cajá e é patrono da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Veja o vídeo aqui: https://youtu.be/xa76yY-KEhk?si=PR_Ty5F0sZwOf-pO

 

 

As Borboletas – ação solidária!

A equipe “Corrida das Borboletas”, grupo de corrida de rua da nossa cidade,  em parceria com o Instituto Ana Caroline, promoveram na manhã do domingo (23) uma atividade social, no sentido da arrecadação de caixas de chocolate para doação a crianças, no período da páscoa.

O evento – corrida e caminhada – teve como ponto de concentração, largada e chegada, o Pátio da Matriz. Encerrada a atividade física, os participantes saborearam um farto café da manhã e foram agraciados com sorteio de brindes. Parabéns para a Equipe das Borboletas.

4ª Corrida da Vitória – iniciado o terceiro e último lote!

Último lote liberado! 

O terceiro e último lote da 4ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória já começou! 

Data: 27 de abril de 2025
Local: Vitória de Santo Antão
Sorteio de 2 relógios Garmin para os participantes!

Não fique de fora dessa verdadeira festa do esporte! Garanta sua inscrição agora e venha fazer história com a gente!

Vendas:

No site: http://www.uptempo.com.br

Na loja: Monster Suplementos – bairro da Matriz.

Informações: 9.9420.9773.

 

 

George Aragão agradece……

Agradeço as palavras dirigidas a meu avô ( Professor José Aragão e minha avó Maria Aragão). Meu saudoso avô dedicou grande parte de sua vida ( assim como minha avó), a cidade de Vitória de Sto. Antão . Foi professor , prefeito do município, fundou o Instituto Histórico ( onde foi presidente por 37 anos), foi tabelião do cartório de 1º ofício da cidade e escreveu a história do município desde o seu surgimento até 1982. Lembro sempre do amor que ele nutria por sua terra natal.

George Aragão – filho de Celia a filha mais velha do casal Aragão.

4ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória – 27 de abril…..

Faltando em torno de 40 dias para efetivação da 4ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, evento esportivo amador que esse ano irá congregar cerca de 1000 atletas, da Vitória de cidades circunvizinhas, é possível dizer que o clima de expectativa não poderia ser melhor, tanto por parte da organização quanto dos atletas inscritos.

Em 2025, na  medalha e no  troféu, aproveitando a marcante passagem dos 120 anos de inauguração do nosso “Anjo da Vitória”, será estampado uma réplica do nosso tradicional monumento.

Portanto, aos que ainda não fizeram suas inscrições, recomendamos correr para  garantir sua vaga!!!

Como se inscrever: 

Pelo site http://www.uptempo.com.br

Na loja: Monster Suplementos – Matriz

No WhatsApp: 9.9420.9773

 

 

Silvio Aragão: encontro saudosista……

Ao circular, na manhã de ontem (18), pelo centro comercial da nossa cidade, mais precisamente pela Rua 15 de novembro, avistei esse senhor,  distante. Apressei o passo e o abordei entrando no carro.

Tempos atrás, por intermédio do amigo Ednaldo Seguros, nos fomos apresentados. Ocasião em que batemos um alongado papo.

Na ocasião de ontem, ao chama-lo pelo nome, percebi que ela não fazia a menor ideia de quem eu era. Mas para “causar”, como se diz no linguajar jovial, falei da imortalidade do seu pai, de algumas passagens de outrora da Vitória e até do nome do antigo morador da casa, em que, ocasionalmente, estávamos  defronte.

Pois bem, o dito cujo, trata-se de uma dos filhos do casal Aragão. Silvio Aragão. Seu pai, professor Aragão, em se tratando de Vitória de Santo Antão, configura-se numa das pessoas mais emblemáticas que já brotou do nosso solo, nesses quase 400 anos de história.

Tomei a liberdade, em nome de todos os antonenses, de agradecer e ao mesmo tempo relembrar de todo patrimônio imaterial que seus pais – o casal Aragão – produziram. Reduzidamente,  traduziria esse acervo como um rosário edificante. Viva o Mestre Aragão!

Rômulo de Deus: bom de papo…..

Hoje, segunda-feira (17), que muitos qualificam como o dia internacional da indisposição, logo cedo, ao cruzar o conjunto de praças localizado no bairro do Livramento,  casualmente, encontrei-me com o profissional do marketing e da comunicação, Rômulo de Deus.

Invariavelmente, ao encontra-lo, realço: Rômulo de Deus! E completo: quem é de Deus não poder ser uma pessoa do mal…………

Pois bem, e no caso deste Rômulo a expressão é assertiva. Casa bem com o sujeito apresentado.  Bom de papo e com as melhores das intenções em tudo que empreende, Rômulo de Deus é dessas pessoas que vale a pena parar para conversar. Assuntos sérios, negócios ou mesmo frivolidades. Um antonense que se preocupa e interage com as muitas transformações da nossa Vitória de Santo Antão.

 

ANTÔNIO MARIA VIVE – por Ronaldo Sotero.

Não há pernambucano que não se lembre do frevo de autoria de Antônio Maria Araújo de Morais, nascido em um 17 de março de 1921, em Recife e falecido no Rio de Janeiro, em 15.10.1964, prematuramente, anos 43 anos.

Cronista, radialista, compositor de vários sucessos até hoje na voz de diversos cantores brasileiros. Teve grande atuação no rádio no estado. Aos 17 anos , iniciava seus passos no jornalismo ao ingressar na Rádio Clube de Pernambuco – PRA- 8 até se mudar para o Rio de Janeiro.

Boêmio, irreverente, aos 27 anos tornou-se diretor da Rádio Tupi do Rio de Janeiro e cronista do Jornal do Brasil.

O cantor americano Nat King Coke gravou uma de suas composições em parceria com Fernando Lobo, pai de Edu Lobo, “Ninguém me Ama “.

Antônio Maria se definia como um “cardiodisplicente “, que o matou durante uma madrugada em boate do Rio, após sofrer um infarto fulminante

.SOU DO RECIFE COM ORGULHO E COM SAUDADE/SOU DO RECIFE, COM VONTADE DE CHORAR/
O RIO PASSA, LEVANDO BARCAÇAS PRO ALTO DO MAR/
E EM MIM NÃO PASSA ESSA VONTADE DE VOLTAR/
RECIFE MANDOU ME CHAMAR/
CAPIBA E ZUMBA ESSA HORA ONDE É QUE ESTÃO?
INÊS E ROSA EM QUE REINADO REINARÃO/
ASCENSO ME MANDE UM CARTÃO/
RUA ANTIGA DA HARMONIA/
DA AMIZADE, DA SAUDADE E DA UNIÃO/
SÃO LEMBRANÇAS NOITE E DIA/
NELSON FERREIRA TOQUE AQUELA INTRODUÇÃO.

Ronaldo Sotero. 

Dom Severino Vieira de Melo – por Pedro Ferrer

A imprensa de Teresina, capital do Piauí, no dia 23 de novembro de 2011 noticiava: “Foi exumado o corpo de Dom Severino Vieira de Melo do altar da Catedral de Nossa Senhora das Dores. O Arcebispo foi o primeiro de Teresina e foi responsável pela reforma na Igreja Matriz. A exumação, que aconteceu na noite da última quinta-feira (17), teve início às 19h e se estendeu durante boa parte da noite. Junto com os restos mortais de Dom Severino, foram encontrados uma cruz e um pergaminho que provavelmente seria sua carta mortuária. No dia seguinte foi celebrada uma missa solene na Igreja Catedral, presidida pelo Administrador Diocesano, Pe. Tony Batista, e logo após os restos mortais de Dom Severino foram transferidos para a nova Capela Mortuária dos Bispos localizada dentro da Catedral”. Dom Severino era um sacerdote amado e admirado pelas suas virtudes.

Esse renomado antonense chegou ao Piauí em fevereiro de 1924 para assumir a diocese de Teresina. Era o terceiro bispo da cidade. Em 1952, a Santa Sé elevou aquela comunidade católica à arquidiocese, tendo dom Severino assumido sua administração. Assim ocorrendo, dom Severino tornou-se o primeiro arcebispo de Teresina. Permaneceu à frente daquela arquidiocese até maio de 1955. Foram 31 anos de fecundo e fervoroso apostolado reconhecido e aplaudido por suas ovelhas.

Sobre ele assim escreveu dom Paulo Libório seu discípulo e sucessor: “Ministro da palavra de Deus, e dispensador da graça pelos sacramentos, o antigo pároco de Caruaru e reitor do seminário de Olinda transforma-se em autêntico bispo catequista e missionário, perlustrando, várias vezes, a diocese em todas as direções, em visitas pastorais que se tornaram célebres pela doutrinação evangélica, pela intensidade do trabalho pastoral e pelos incômodos e sacrifícios a que, generosamente, se expunha o pastor, a fim de proporcionar a toda a sua grei espiritual, o pábulo da doutrina cristã, instruindo os ignorantes e os rudes, pelo exemplo e pela palavra, consolando os aflitos, estimulando os bons e catequizando os maus, corrigindo erros e extirpando abusos, ao mesmo tempo que por sobre todos aspergia as bênçãos do seu grande coração de apóstolo”.

Filho de Manoel do Carmo Vieira de Melo e de Rosa Vieira de Melo, nasceu dom Severino, no dia 5 de junho de 1880, na cidade da Vitória de Santo Antão. Ingressou no seminário de Olinda com a idade de 18 anos. No dia 14 de janeiro de 1903 foi ordenado padre. Até 1906 ocupou o cargo de vice-reitor do seminário de Olinda e Recife, de onde saiu para dirigir sucessivamente as paróquias de Gameleira, Glória do Goitá e Caruaru. Após 17 anos de vida apostólica, nessas paróquias, já experiente e bem amadurecido, foi chamado pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Miguel de Lima Valverde, para dirigir o seminário arquidiocesano. Estava em pleno exercício do cargo quando foi eleito bispo de Teresina. Sua sagração teve

lugar em Olinda, no dia 25 de novembro de 1923. Ele foi o primeiro antonense sagrado príncipe da Igreja Católica.

Como dileto filho da Vitória, fez questão de celebrar sua primeira missa pontifical na matriz de Santo Antão. A cerimônia, bastante concorrida, aconteceu no dia 30 daquele ano.

“O Lidador”, de 19 de janeiro de 1924, assim descreveu, pela verve do jornalista Jorge Campelo, a calorosa recepção dos antonenses ao seu dileto filho: “A nossa Vitória no que diz respeito às suas tradições, tem sempre sabido se manter a altura do grau de expectativa dos seus filhos.

O modo porque foi recebido o seu ilustre filho dom Severino Vieira de Melo, veio atestar vibrantemente esta narrativa. O eminente religioso chegou a esta cidade no dia 28 de dezembro, sendo recebido na gare pelos poderes representativos do município, grande número de famílias e uma compacta massa popular.

Em seguida foi feita uma passeata em demanda da residência do rvdm. vigário padre Américo Vasco, onde sua excia. rvdm. foi saudado pelo dr. Lauro Câmera, promotor público que apresentou boas vindas em nome da cidade. O ilustre patrício agradeceu comovido aquela manifestação dos seus conterrâneos. No dia 29, pelas 19 horas, as associações religiosas existentes na cidade fizeram uma manifestação de apreço a dom Severino Vieira, servindo de interprete a inteligente senhorita Corina de Holanda. Sua excelência agradeceu em breve palavras, mostrando a alegria que sentia no momento e incentivando aquelas associações congregadas a seguirem na mesma senda até agora traçada.

No domingo 30, pelas 11 horas, foi solenemente cantada a primeira missa pontifical de dom Severino Vieira, perante um grande número de fieis e o que Vitória possue de mais representativo. Após, foi efetuado o banquete no salão do “Grêmio Paroquial”.

Dom Severino Vieira de Melo faleceu em Teresina, no dia 27 de maio de 1955. Sua vida foi um legado de virtude e apostolado pela causa evangélica.

Transladação dos restos mortais de dom Severino Vieira de Melo para a capela mortuária dos bispos, localizada no interior da Catedral Nossa Senhora das Dores, em Teresina, no dia 18 de novembro de 2011.

Pedro Ferrer – presidente do IHGVSA

 

Recife e Olinda: 488 e 490 anos! – por @historia_em_retalhos.

Aniversário do Recife e de Olinda: 488 e 490 anos! 

Isso já te intrigou? Por que as duas cidades irmãs fazem aniversário na mesma data?

Seria por uma coincidência da história?

A resposta é não.

E eu vou te explicar a razão!

Em verdade, apenas Olinda tem a sua “certidão de nascimento”, que é o chamado “Foral de Olinda”, o mais antigo documento histórico da cidade, escrito, pela primeira vez, em 1537.

Trata-se de uma carta com o plano de doação de terras e com a nomeação do primeiro donatário da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho.

Por este registro, chega-se à data da fundação da cidade, dois anos antes, em 12 de março de 1535, ano em que Coelho aportou em Pernambuco.

Teria sido nesta ocasião, segundo Vanildo Bezerra Cavalcanti, que a célebre frase “oh, linda posição para uma vila” foi exclamada, provavelmente, não por Duarte Coelho, mas por seu criado Francisco Frazão, chamando a atenção do donatário.

Com relação ao Recife, a data tem mais uma natureza simbólica, não sendo nem sequer feriado oficial.

Inexistindo um documento escrito que registrasse a fundação da cidade, como em Olinda, convencionou-se por declarar o dia 12 de março de 1537, data da lavratura do Foral de Olinda, porque ali constava a primeira referência histórica à cidade do Recife, como “terras para as bandas do sul de Olinda, que são os arrecifes dos navios”.

Em 1990, o art. 176 da Lei Orgânica do Recife estabelece que “é declarado o dia 12 de março de 1537 como data histórica da fundação do Recife”.

A primeira, Marim.

A segunda, Maurícia.

A primeira, Lusitana.

A segunda, Holandesa.

A primeira, das Colinas.

A segunda, dos Rios.

A nossa homenagem às cidades irmãs!
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As pedras patrimoniais de Olinda – por Marcus Prado.

“As pedras olindenses têm sofrido um desgaste alarmante.” (Cláudio Aguiar)

As “Rimas Pétreas”, do divino Dante Alighieri (1265-1321), sobre uma mulher tão bela e dura como uma pedra, a tradição simbólica das pedras, o entendimento e a transmissão dos atributos das pedras como matéria de arquitetura e arte, fazem-me lembrar das raras pedras seculares do sítio histórico de Olinda, as que restam do patrimônio pétreo em ruas da cidade – calçamentos e calçadas.Um patrimônio precioso, exemplo icônico que deveria ser preservado, pelo que nos diz, também, do simbolismo milenar das pedras, não só na arqueologia ao redor do globo pelas mais distintas culturas. São muitos os sentidos históricos, filosóficos, poéticos e até mesmo épicos e sagrados atribuídos às pedras.

Existem pedras que fazem cantar, produzem sons e entoam cantos quando se chocam com outras pedras, fenômeno que ouvi dizer quando estive em visita ao sitio Passagem das Pedras (Serra Talhada). Você só ouve o som das pedras. É bom lembrar que as peripécias sonoras do vento saindo das pedras estão no “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa. (1908-1967).

As calçadas e calçamentos em pedra portuguesa, segundo historiadores, tornaram-se um símbolo da formação de Olinda, “quando a cidade se consolidava como sede da Capitania de Pernambuco, no período áureo da economia de cana de açúcar”. A qualidade da pedra influenciava significativamente a durabilidade da construção. Um tema visto na erudita defesa de doutorado da professora Juliana Cruz de Santana (UFPE, UNIBRA): “Os materiais construtivos do edificar de Recife e Olinda”. O material pétreo da arquitetura, diz a autora, simbolizou a necessidade de edificar para durar, fazendo uso das possibilidades construtivas da época. Foi desta maneira que as edificações eram estruturadas em Olinda e, mais tarde, no Recife.

Tipos de pedras exploradas em Portugal vindas de Lisboa, são ainda vistas nas ladeiras de Olinda, embora grande parte tenha sido removida ao longo dos séculos. Eram trazidas nas embarcações que vinham buscar as riquezas naturais da colônia. Pedras usadas para adernar as embarcações. O trabalho da professora. Juliana atende a altos padrões de rigor de pesquisa e interesse.

O escritor Cláudio Aguiar, no seu excelente livro “A Casa de João Fernandes Vieira”, descreve sobre a talvez mais olindense e histórica casa de Olinda, um dos mais significativos testemunhos edificados do patrimônio cultural de Pernambuco. O foco das suas páginas iniciais são as antigas calçadas e calçamentos do sitio histórico, a começar pela Rua de São Bento e do seu entorno, tombado, do Mosteiro de São Bento e a sua abadia.

Esse livro é resultado de um levantamento meticuloso e pesquisa historiográfica, uma referência primordial na melhor bibliografia de Olinda do passado. O livro “Arquitectura Popular em Portugal”, uma obra coletiva, fartamente ilustrada, editada há menos de um mês pelo influente jornal “Público” (Lisboa) traz fotos, ampliadas, de calçamentos de pedra da metrópole portuguesa no século XVIII. Comparando as pedras em uso nas vias públicas de Lisboa desse período, a sua pavimentação, com as pedras existentes ainda hoje no sitio histórico mais tradicional de Olinda, não há como distancia-las.

Marcus Prado – jornalista

FALECIMENTO DE JOSÉ AUGUSTO LOPES – por Sosígenes Bittencourt.


De todas as virtudes que adornavam a personalidade do prof. JOSÉ AUGUSTO LOPES, a que mais reluzia era a humildade. E eu até comentava, com a disponibilidade da amizade que nos unia: Zé, todas suas virtudes, como pai de família, professor, funcionário público e amigo são respaldadas na sua humildade. E ele sorria, iluminado de alegria.

A vida é feita de tempo e daquilo que fazemos com o tempo que temos. Ademais, morreremos. Contudo, uma vez vivos no mundo, não tem mais jeito, o jeito que tem é viver.

Agora, amigo, professor José Augusto Lopes, és detentor de um segredo só a ti revelado. Um dia, fostes como nós somos; um dia, seremos como tu és.

Até breve! Requiescat in pace!

Sosígenes Bittencourt

Corrida e Caminhada da Vitória – 75% das vagas já preenchidas!!!

A Corrida da Vitória está chegando e os kits estão voando! 75% já foram adquiridos e as inscrições estão quase no fim!

Data: 27 de abril
Local: Vitória de Santo Antão

Garanta já sua vaga e venha fazer parte dessa grande festa do esporte!

kit completo – $115,00

kit sem a camisa – $95,00

Para grupos, temos desconto!

SORTEIO DE 2 RELÓGIOS GARMIM

PARA MAIS INFORMAÇÕES: 9.9420.9773

Vida Passada… – Padre Venancio de Rezende – por Célio Meira.

Na vila formosa do Sirinhaém, onde nasceu Maria Sousa. A heroína da Restauração Pernambucana, veiu, ao mundo, em 1784, o padre Venancio Henrique de Rezende. Ordenou-se em Olinda e aos 29 anos, exerceu a coadjutoria da paróquia do Cabo. Desencadeada a revolução republicana de 1817, ingressou, padre Venancio, nas fileiras dos rebeldes, empunhando armas, conta um historiador, na batalha de Pindóba. Vencido, foi anistiado, em 21, o sacerdote do Sirinhaém. Envolvido nos acontecimentos políticos, que culminaram com o atentado ao governador Luiz do Rêgo, sofreu, em Lisboa, as agruras do exílio.

Regressando à terra pernambucana, em 22, iniciou no “Maribondo”, a oficina “anti-corcundista” de José Mariano Falcão Padilha, e mais tarde, na “Gazeta Pernambucana”, a trincheira liberal de Manuel Clemente do Rêgo Cavalcanti , a brilhante e atrevida campanha nativista, elegendo-se deputado à primeira Constituinte brasileira. Foi jornalista vigoroso e orador eloquente. Dissolvida a Constituinte, em novembro de 1823, voltou, padre Venancio, revoltado, ao torrão nativo, e no ano seguinte, figurou nas colunas dos sonhadores que fizeram a Confederação do Equador.

Teve, na revolução de 24, papel destacado, redigindo, diz, Sebastião Galvão, o célebre manifesto de Manuel de Carvalho Pais de Andrade. E quando o brigadeiro Lima e Silva esmagou o sonho alcandorado de Natividade Saldanha e de Frei Caneca, Padre Venancio conheceu, de novo, o amargor do exílio, nos Estados Unidos e nas terras do México.

Enviou-o Pernambuco, anos depois, à Câmara Geral. E nessa bancada, revelou-se, o ilustrado sirinhaense, estadista esclarecido, pertencendo à geração intelectual daqueles que se bateram, e obtiveram, o Áto Adcional de Agosto de 1934, à Constituição do Império. E terminando o mandato popular, padre Venancio passou a viver de seu apostolado de cátedra, ensinando latim, francês, e inglês. Concedeu-lhe, a esse tempo, o bispado, a vigaria da freguesia de Santo Antônio do recife. Dirigiu, beirando os 70 anos, o Liceu Pernambucano.

Espirito fulgurante, foi, Padre Venancio, um semeador de esmolas. Pregou e praticou a caridade, com o coração em festa. E, aos 82anos de idade, no dia 09 de fevereiro de 1966, morreu Padre Venancio, na pobreza. Foi a irmandade de São Pedro dos Clérigos que lhe fez o enterro humilde. Deixou, na terra, as riquezas de seu cérebro e as graças de sua alma cristã e romântica.

Padre Venancio de Rezende, o preclaro filho de Sirinhaém, é, na história do Brasil, um exemplo de patriotismo, e um símbolo de cristandade.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

“Dia Internacional das Mulheres” – por @historia_em_retalhos.

Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado “Dia Internacional das Mulheres” é, muito antes do que um evento comemorativo, uma data de luta.

A origem precisa da data é controversa, porém a razão mais consistente deve-se ao fato de que, no dia 8 de março do ano de 1917, um protesto intitulado de “pão e paz” foi realizado por milhares de mulheres na Rússia, em busca de melhores condições de trabalho, contra a fome e contra a participação da nação na Primeira Guerra Mundial.

No Brasil, ninguém é capaz de melhor exprimir a luta emancipatória das mulheres do que a famacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes (foto).

A sua trajetória em busca de justiça durante 19 anos e 6 meses fez dela um símbolo da luta por uma vida livre da violência doméstica.

Após se casar com o professor colombiano Marco Antônio Heredia, em 1976, Maria da Penha foi vítima de duas tentativas de feminicídio.

Primeiro, ele deu um tiro em suas costas, enquanto ela dormia, criando a falsa versão de um assalto.

Como resultado desta agressão, Maria da Penha ficou paraplégica.

Quatro meses depois, quando voltou para casa, após duas cirurgias, internações e tratamentos, ele a manteve em cárcere privado, no decorrer de 15 dias, e tentou eletrocutá-la durante o banho.

A partir daí, deu-se início ao calvário desta pequena guerreira, que enfrentou, inclusive, a indiferença do sistema de justiça brasileiro, o que a fez provocar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Tal comissão responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres.

Após conseguir, finalmente, ver o seu agressor preso e com a pena devida, em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a Lei n.° 11.340/06, que recebeu o seu nome, como reconhecimento de sua luta contra as violações dos direitos humanos das mulheres.

Que nesta data as mulheres brasileiras mirem-se na batalha e no exemplo de Maria da Penha.

Ao lado das flores, a luta!

Só assim a data será definitivamente significada.

Feliz Dia Internacional das Mulheres!

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