Meu Título de Cidadão Vitoriense – Antonense……..

Na noite da sexta-feira (08), aconteceu,  no Plenário da Câmara de Vereadores da nossa cidade a Sessão Solene em que fui condecorado com o Título de Cidadão Vitoriense (Antonese). Com aprovação unânime pelo conjunto do parlamento, a indicação foi do vereador Doutor Saulo Albuquerque.

Em minha fala, na tribuna da Casa Diogo de Braga,  procurei  dividir o tempo em quatro momentos distintos: inicialmente, expliquei  como Doutor Saulo tomou conhecimento que  eu não havia nascido em Vitória. Num segundo momento, revelei nossas raízes familiares, partindo do meu trisavô materno, “Senhor” do Engenho Arandú (século XIX). Na terceira parte, fiz um rápido retrospectivo da minha relação com a cidade, desde os temos de criança. E para fechar, lancei, ao parlamento, uma semente, num sentido da geminação do um gentílico (Antonense) único e  sintonizado com a história do nosso lugar. Veja, aqui, o evento completo:

https://www.youtube.com/live/Mug3xaIHc-A

Diante dos familiares, das pessoas amigas e de alguns atores políticos locais, agradeci pela consideração,  em dividir, comigo,  aquele momento único. Amanhã, postarei, na íntegra, aqui no blog, o meu discurso.

“A República é filha de Olinda” – por @historia_em_retalhos.

“A República é filha de Olinda”.

Quem nunca despertou atenção para este verso do hino de Pernambuco?

A história explica!

10 de novembro de 1710.

Há exatos 314 anos, no Senado de Olinda (correspondente à Câmara de Vereadores atual), o militar, político e senhor de engenho Bernardo Vieira de Melo (foto) fazia ecoar “o primeiro grito da República” do Brasil e das Américas.

A data é de inegável importância histórica, mas traz consigo controvérsias.

Aconteceu no contexto da chamada Guerra dos Mascates, conflito marcado pela rivalidade entre senhores de engenho “brasileiros” (de Olinda) e comerciantes “portugueses” (do Recife).

A decadência do preço do açúcar no mercado internacional levou a aristocracia rural olindense a endividar-se com os comerciantes (mascates) do Recife, que detinham o monopólio do comércio em Pernambuco.

Fala-se que, criando a República, Vieira de Melo buscava, em verdade, ver-se livre de suas dívidas.

É bem possível (e até provável) que essa tenha sido a sua motivação, porém, independente dessa circunstância, o fato é que o brado foi um ato concreto e pioneiro, sendo considerado precursor dos movimentos libertários no Brasil.

E o detalhe: isso aconteceu cerca de 70 anos antes da Revolução Francesa e 60 anos antes da Independência dos EUA.

É por essas e outras que agora você vai lembrar deste ato de vanguarda a cada vez que ouvir o toque do hino de Pernambuco.

“A República é filha de Olinda!”

Bom domingo, gente!
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Título de Cidadão Vitoriense – hoje, às 19h, na Câmara de Vereadores.

Hoje, sexta-feira (08), às 19h,  estarei sendo agraciado, no Plenário da Câmara de Vereadores da nossa cidade, com um Título de Cidadão Vitoriense.  A referida honraria, que foi uma indicação do vereador Doutor Saulo e aprovada pelo conjunto dos parlamentares, é um reconhecimento bastante expressivo.

Todos nós, filhos e filhas do casal,  Zito e Anita, não nascemos em Vitória de Santo Antão. Uma fatalidade, por assim dizer, ocorrida em 1956,  fez nossos pais tomarem tal decisão.

Por ocasião da nossa fala, na tribuna da Câmara, hoje, irei relatar, entre outras coisas, nossas origens familiares, começando a partir do meu trisavô materno. Segue o convite oficial: estejam todos convidados para a Solenidade.

Por que Rua Quarenta e Oito? – por @historia_em_retalhos.

E qual a relação desta via com o mangueboy Chico Science?

Vamos lá!

A designação “48”, gente, é uma referência direta ao ano de 1848, ano em que eclodiu, no Recife, a famosa Revolução Praieira, há exatos 176 anos, em 7 de novembro de 1848.

Na área onde hoje passa a rua, um grupo de revolucionários costumava reunir-se no local conhecido como “Sítio do Feitosa”.

Tudo começou com a criação do chamado “Partido da Praia”, de inspiração liberal e federalista, em contraposição ao controle do poder local nas mãos das duas famílias dominantes: os “Cavalcanti” e os “Rego Barros”.

Do lado destes últimos, os conservadores, também chamados de “gabirus”, estava o Diário de Pernambuco.

Do lado dos praieiros, o Diário Novo, cuja tipografia ficava na Rua da Praia (daí a origem do nome).

Em suma, os praieiros queriam uma nova Constituinte.

Lutavam pelo voto livre e universal, pelo fim dos latifúndios, pela liberdade de imprensa e pela extinção do poder moderador, além da nacionalização do comércio varejista, que estava nas mãos dos portugueses.

A gota d’água para a eclosão do movimento foi a destituição do presidente da província, Chichorro da Gama, que combatia o poder dos gabirus.

Contando com aproximadamente 1.500 combatentes, os praieiros decidiram atacar o Recife.

No confronto, perderam 500 homens.

O governo central, então, propôs anistia para pôr fim ao movimento, o que não foi aceito.

Os líderes Borges da Fonseca e Pedro Ivo decidiram resistir, sendo derrotados em 1849 e 1850, respectivamente.

A derrota dos praieiros representou uma demonstração de força de Pedro II, que, após 1850, experimentou um período de estabilidade política e econômica.

Assim como a Rev. de 1817, que recebeu a influência da Rev. Francesa, a Praieira também teve a inspiração daquele país. 🇫🇷

Em 1848, acontecia na França a chamada “Primavera dos Povos”, que deu origem à 2ª República Francesa.

Mas… e o mangueboy?

Em 1994, o nosso Chico Science compôs a canção “A Praieira”, trazendo o fato histórico ao conhecimento da juventude.

É por essas e outras que eu “vou lembrando a revolução”!

Valeu, moçada!
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Vida Passada… – Pelino Guedes – por Célio Meira

O eminente fundador da Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, narra um historiador, nasceu, em 1858, na antiga vila de També de Nossa Senhora do Destêrro, no extremo norte do Estado de Pernambuco. Chamou-se Pelino Joaquim da Costa Guedes. Deixando, na juventude, o torrão nativo, o jovem tambeense para a capital do Estado de São Paulo, onde se matriculou na Faculdade de Direito, recebendo, depois de um curso brilhante, a carta de bacharel.

Pertenceu à imprensa paulista. Filiado às correntes caudalosas da abolição da escravatura negra e da propaganda republicana, colaborou Pelino Guedes, informa Sebastião Galvão, no  “República”, e mais tarde, na “Gazeta da Tarde” e no “Ipiranga”, dando mostras de um espirito vivo e penetrante. Exerceu, também, na gloriosa terra bandeirante,   o magistério. Ensinou o vernáculo, na cátedra da Escola Normal. E, no Rio de Janeiro, anos depois, a cadeira de pedagogia.

Mereceu, Pelino, a honra de ser o secretário de José Joaquim Seabra, ministro do Interior e Justiça, no governo do Conselheiro Rodrigues Alves, iniciado a 15 de novembro de 1902. E deixando o elevado posto de confiança de secretário do preclaro baiano, que é uma relíquia da República e da Pátria, conquistou, pelo caráter e pela inteligência, o cargo de diretor da secretaria do Ministério da Justiça.

Jornalista, professor e poeta, publicou,  Pelino Guedes, “Nuvens Esparsas”. Foi o livro de versos se sua mocidade. Era na poética, um emotivo. Há, na sua lira, influência de Castro Alves. Celebrizou-se sua poesia A Vida e o Túmulo, em oitavas veementes, destacando-se o verso:  – Da sepultura no marmóreo chão -, que é o último, repetido, de todos as estrofes. Dedicou-se, também, esse ilustrado filho da tristonha També, às pesquisas históricas, traçando a biografia do marechal Carlos Machado Bittencourt, o intimorato e malogrado ministro da guerra do presidente Prudente de Morais.

A fundação daquela Faculdade, na terra carioca, foi, porém, a glória de Pelino Guedes, falecido numa cidade de Minas Gerais, no dia 1º de fevereiro de 1919, na véspera do seu aniversário natalício. Completaria, no dia seguinte, 61 anos de idade.

Está gravado, o nome desse nortista, na história do magistério do Distrito Federal e de São Paulo. E Também, sem grave injustiça, não pode esquecê-lo. Haverá, na terra tambeense, uma rua, ou uma escola municipal, que relembre, à geração nova, o nome, a vida e a obra  de Pelino Guedes? Se não há, é chegado o tempo da reparação.

Povo que não conhece seu passado, não tem direito ao respeito dos homens do futuro.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

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Assessoria. 

Antônio Cícero e a tragédia grega clássica – por Marcus Prado.

“Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio” (Albert Camus)

A morte da italiana Eluana Englaro, que estava em coma havia 17 anos, em fevereiro de 2009, a morte da poetisa pernambucana Tereza Tenório, Musa da Geração 65, que esteve em coma durante mais de 5 anos (dizem que a sua respiração era quase inaudível); a morte assistida do escritor e acadêmico da ABL, Antônio Cícero deixando o país consternado, é um assunto que conduz à antiga polêmica sobre a prática de morte assistida do paciente em estado terminal.

Nos países essencialmente católicos existe uma crença onde se diz que Deus determina o nascimento, a vida e a morte, e que uma pessoa não terá o direito de interromper esse fluxo natural.

O método é proibido na maioria dos países, assim como tem inspirado numerosos debates nos meios acadêmicos e jurídicos do mundo inteiro. Muitas situações que, no passado, eram tipificadas como ilícitos penais, hoje já não o são mais. No Brasil, essa prática não é tipificada, apenas aludida no Código Penal como crime de assassinato com pena de reclusão.

Santo Agostinho no seu livro “Cidade de Deus” argumenta que o suicídio é simplesmente outra forma de homicídio e que, portanto, também é proibido.

Na Antiguidade, antes do surgimento do Cristianismo, ajudar alguém a ter uma ‘morte boa’ era algo permitido e até corriqueiro. Na “Comédia”, do divino Dante Alighieri, os suicidas são punidos no sétimo círculo do Inferno.

Segundo Shai Joshua Lavi escreve no livro “The Modern Art of Dying” (“A Moderna arte de morrer”), “a palavra eutanásia passa a não mais significar apenas ‘boa morte’, mas sim o que os médicos poderiam fazer para assegurar uma boa morte. […] A lei do leito de morte mudou da religião para a medicina”. O ato de pôr termo à própria vida, no sentido de provocar a morte de alguém para o libertar de uma doença incurável, extremamente dolorosa, debilitadora e irreversível, foi referido pelo professor Martinho Soares na sua erudita tese de doutorado “Eutanásia e suicídio na cultura clássica greco-romana” (Universidade Católica Portuguesa – Porto. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra).

Ele cita a “Ilíada”, de Homero, sobejamente conhecida. “Efetivamente, não é o além-túmulo que atrai heróis da Ilíada, mas antes uma boa morte como apogeu de uma boa vida e a fama subsequente. Daí a importância de um funeral condigno, que perpetuasse a gloriosa memória do herói”. Do mais antigo dos tragediógrafos, Ésquilo, chega-nos pela boca de uma das personagens de “Prometeu Acorrentado”, tragédia inspirada na mitologia grega, a sentença: «Mais vale morrer de uma só vez do que ser infeliz todos os dias».

Marcus Prado – jornalista

MOMENTO NA PIZZARIA CHAPLIN – Sosígenes Bittencourt.

(Há 12 anos)
Um dia, me perguntaram o que eu achava do FUTURO. Ao que respondi: – Só há um remédio para o futuro: a esperança.
– E o PASSADO, professor: – O passado pertence à memória, passado é sinônimo de lembrança.
– E o PRESENTE, amado mestre?
– O presente deve ser confeccionado com cuidado, para não termos que sofrer com sua recordação.
(A Pizzaria Chaplin era de propriedade de Maria Selma de Lima, a menina de Tracunhaém.)
Sosígenes Bittencourt

Título de Cidadão Vitoriense: fui condecorado!!!

Por  iniciativa  do vereador Doutor Saulo, com aprovação do plenário da Casa Diogo de Braga, na próxima sexta-feira, às 19h, estarei sendo condecorado com o Titulo de Cidadão Vitoriense (Antonense).

Na ocasião, no espaço que terei para fazer os devidos agradecimentos, estarei justificando  os motivos pelos quais,  meus irmãos e eu, não nascemos em Vitória, bem como, através de pesquisa,   revelando nossas raízes (ancestralidade) antonenses.

Sintam-se todos convidados!!!

Serviço:

Evento: Título de Cidadão Vitoriense.

Local: Câmara de Vereadores da Vitória.

Dia e Hora: sexta-feira, 08/11 – às 19h.

1ª Corrida de rua promovida pelo Centro Hospitalar Santa Maria.

No sentido de celebrar as campanhas nacionais  de prevenção de saúde, referente ao mês rosa e o novembro azul,  câncer de mama e próstata, respectivamente, o Centro Hospitalar Santa Maria promoveu, na manhã do feriado do sábado (02), uma corrida e caminhada de rua.

O evento congregou  atletas amadores e “iniciantes” na atividade física, além de vários  profissionais da área. Com concentração no pátio do estacionamento da referida unidade de saúde, a  concentração teve inicio às  5h, e a largada às 6h. Eis ai, portanto, uma boa iniciativa da direção do hospital.

A Menina Sem Nome – por @historia_em_retalhos.

23 de junho de 1970, Praia do Pina, Recife, Pernambuco.

Há 54 anos, o corpo de uma menina de aproximadamente oito anos era encontrado com o rosto coberto de areia e as mãos amarradas para trás.

Cruelmente assassinada, nunca se soube absolutamente nada sobre ela.

Nem pai, nem mãe, nenhum parente ou amigo apresentou-se ou procurou pela menina.

Por mais que a polícia tenha buscado informações, encontrou culpados, mas jamais desvendou a identidade da vítima.

Em 29 de junho, foi encontrado um suspeito, a pessoa em situação de rua Geraldo Magno de Oliveira, que confessou o crime.

Mais tarde, Geraldo negou e disse que foi forçado a confessar, após ser torturado pela polícia, que teria esmagado os seus órgãos genitais.

O detalhe é que os exames constaram que não houve violação sexual.

A menina foi enterrada no Cemitério de Santo Amaro, em 3 de julho de 1970, e milhares de pessoas foram até o local acompanhar o seu enterro.

Desde então, pessoas dos mais diversos lugares passaram a considerá-la uma santa, realizadora de milagres.

Passaram a atribuí-la graças alcançadas, como cura de doenças e conquistas materiais (compra de uma casa, por exemplo), de forma que a sua sepultura recebe milhares de devotos, sendo uma das mais visitadas da cidade do Recife no dia de finados.

A Menina Sem Nome passou a ser uma espécie de “santa-não-canônica” devido aos pedidos feitos pelo povo em seu túmulo, um tipo de santificação popular.

Também é comum os devotos deixarem doces, brinquedos e outras lembranças em seu túmulo.

Incrivelmente, o Cemitério de Santo Amaro (maior do Recife) tem quase 30 mil sepulturas, mas o da menina é o mais visitado.

A quem interessar, recomendo o documentário “Menina Sem Nome”, de Adriano Portela (2007).

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Pacto nacional contra o crime organizado: antes tarde do que nunca…….

Na qualidade de morador de uma das cidades mais violenta do País e a segunda do Estado de Pernambuco – Vitória de Santo Antão -,  segundo indicadores oficiais, recebo, com alegria e esperança, a notícia de que o presidente Luís Inácio da Silva  convocou autoridades para promover um “mutirão” pela segurança nacional, com foco no combate ao crime organizado.

Melhor assim! Vale lembrar que para enfrentar problemas complexos não existe solução fácil. Há quem pense que violência urbana se controla apenas estimulando a polícia a “abrir fogo”  na direção dos bandidos.

Outra coisa importante, que podemos inferir desse “movimento” do governo,  é que existe uma convergência contra a qual nenhuma autoridades graduada desse País poderá  mais fugir: o crime organizado no Brasil é uma realidade viva, mutante e atuante.

Com efeito, o presidente e os governadores  deveriam começar pedindo desculpas à população pelo fracasso momentaneamente, por haver perdido essa batalha e  também pelo  recuo  em muitos combates, sobretudo no sentido da ausência de políticas púbicas básicas em algumas áreas, essas, assumidas e conduzidas pelo “braço social” dos traficantes e milicianos.

Espero que esse “pacto nacional” não seja mais um “balão midiático”, para inviabilizar  o ingresso de outros atores políticos no cenário nacional, visando 2026,  tendo como plataforma o combate à violência: lembremos que até pouco tempo existia aspirante ao cargo de  governante que falava  de maneira convicta: vamos  “atirar na cabecinha”.

Para encerrar, após ler algumas matérias na imprensa sobre a iniciativa nacional, que elencou vários eixos de atuação, chamou minha atenção à ausência da palavra “presídios”, pois,  é lá, como já se sabe, que acontece a graduação e a pós-graduação no mundo do crime organizado. A Esperança é chama que não se apaga!!!

Dom Severino Vieira de Melo – por Pedro Ferrer

A imprensa de Teresina, capital do Piauí, no dia 23 de novembro de 2011 noticiava: “Foi exumado o corpo de Dom Severino Vieira de Melo do altar da Catedral de Nossa Senhora das Dores. O Arcebispo foi o primeiro de Teresina e foi responsável pela reforma na Igreja Matriz. A exumação, que aconteceu na noite da última quinta-feira (17), teve início às 19h e se estendeu durante boa parte da noite. Junto com os restos mortais de Dom Severino, foram encontrados uma cruz e um pergaminho que provavelmente seria sua carta mortuária. No dia seguinte foi celebrada uma missa solene na Igreja Catedral, presidida pelo Administrador Diocesano, Pe. Tony Batista, e logo após os restos mortais de Dom Severino foram transferidos para a nova Capela Mortuária dos Bispos localizada dentro da Catedral”. Dom Severino era um sacerdote amado e admirado pelas suas virtudes.

Esse renomado antonense chegou ao Piauí em fevereiro de 1924 para assumir a diocese de Teresina. Era o terceiro bispo da cidade. Em 1952, a Santa Sé elevou aquela comunidade católica à arquidiocese, tendo dom Severino assumido sua administração. Assim ocorrendo, dom Severino tornou-se o primeiro arcebispo de Teresina. Permaneceu à frente daquela arquidiocese até maio de 1955. Foram 31 anos de fecundo e fervoroso apostolado reconhecido e aplaudido por suas ovelhas.

Sobre ele assim escreveu dom Paulo Libório seu discípulo e sucessor: “Ministro da palavra de Deus, e dispensador da graça pelos sacramentos, o antigo pároco de Caruaru e reitor do seminário de Olinda transforma-se em autêntico bispo catequista e missionário, perlustrando, várias vezes, a diocese em todas as direções, em visitas pastorais que se tornaram célebres pela doutrinação evangélica, pela intensidade do trabalho pastoral e pelos incômodos e sacrifícios a que, generosamente, se expunha o pastor, a fim de proporcionar a toda a sua grei espiritual, o pábulo da doutrina cristã, instruindo os ignorantes e os rudes, pelo exemplo e pela palavra, consolando os aflitos, estimulando os bons e catequizando os maus, corrigindo erros e extirpando abusos, ao mesmo tempo que por sobre todos aspergia as bênçãos do seu grande coração de apóstolo”.

Filho de Manoel do Carmo Vieira de Melo e de Rosa Vieira de Melo, nasceu dom Severino, no dia 5 de junho de 1880, na cidade da Vitória de Santo Antão. Ingressou no seminário de Olinda com a idade de 18 anos. No dia 14 de janeiro de 1903 foi ordenado padre. Até 1906 ocupou o cargo de vice-reitor do seminário de Olinda e Recife, de onde saiu para dirigir sucessivamente as paróquias de Gameleira, Glória do Goitá e Caruaru. Após 17 anos de vida apostólica, nessas paróquias, já experiente e bem amadurecido, foi chamado pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Miguel de Lima Valverde, para dirigir o seminário arquidiocesano. Estava em pleno exercício do cargo quando foi eleito bispo de Teresina. Sua sagração teve

lugar em Olinda, no dia 25 de novembro de 1923. Ele foi o primeiro antonense sagrado príncipe da Igreja Católica.

Como dileto filho da Vitória, fez questão de celebrar sua primeira missa pontifical na matriz de Santo Antão. A cerimônia, bastante concorrida, aconteceu no dia 30 daquele ano.

“O Lidador”, de 19 de janeiro de 1924, assim descreveu, pela verve do jornalista Jorge Campelo, a calorosa recepção dos antonenses ao seu dileto filho: “A nossa Vitória no que diz respeito às suas tradições, tem sempre sabido se manter a altura do grau de expectativa dos seus filhos.

O modo porque foi recebido o seu ilustre filho dom Severino Vieira de Melo, veio atestar vibrantemente esta narrativa. O eminente religioso chegou a esta cidade no dia 28 de dezembro, sendo recebido na gare pelos poderes representativos do município, grande número de famílias e uma compacta massa popular.

Em seguida foi feita uma passeata em demanda da residência do rvdm. vigário padre Américo Vasco, onde sua excia. rvdm. foi saudado pelo dr. Lauro Câmera, promotor público que apresentou boas vindas em nome da cidade. O ilustre patrício agradeceu comovido aquela manifestação dos seus conterrâneos. No dia 29, pelas 19 horas, as associações religiosas existentes na cidade fizeram uma manifestação de apreço a dom Severino Vieira, servindo de interprete a inteligente senhorita Corina de Holanda. Sua excelência agradeceu em breve palavras, mostrando a alegria que sentia no momento e incentivando aquelas associações congregadas a seguirem na mesma senda até agora traçada.

No domingo 30, pelas 11 horas, foi solenemente cantada a primeira missa pontifical de dom Severino Vieira, perante um grande número de fieis e o que Vitória possue de mais representativo. Após, foi efetuado o banquete no salão do “Grêmio Paroquial”.

Dom Severino Vieira de Melo faleceu em Teresina, no dia 27 de maio de 1955. Sua vida foi um legado de virtude e apostolado pela causa evangélica.

Transladação dos restos mortais de dom Severino Vieira de Melo para a capela mortuária dos bispos, localizada no interior da Catedral Nossa Senhora das Dores, em Teresina, no dia 18 de novembro de 2011.

Pedro Ferrer 

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